Economia

Ibama marca vistoria da sonda da Petrobras que vai para Margem Equatorial

A estatal pretende realizar os testes em junho e, finalmente, conseguir o aval do Ibama para a extração de petróleo na região

Ibama marca vistoria da sonda da Petrobras que vai para Margem Equatorial
Ibama marca vistoria da sonda da Petrobras que vai para Margem Equatorial
Plataforma de exploração de petróleo – Foto: Stéferson Faria / Agência Petrobras
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) marcou para esta quinta-feira 5 a vistoria da sonda contratada pela Petrobras para realizar os testes do primeiro poço para exploração de petróleo na Margem Equatorial.

O órgão ambiental afirmou que a inspeção “não representa qualquer direcionamento conclusivo quanto a emissão ou não da licença ambiental”, o que deve acontecer somente após a realização de uma simulação in loco das ações de resposta a emergências.

A estatal pretende realizar os testes em junho e, finalmente, conseguir o aval do Ibama para a extração de petróleo na região. Nesse exercício, que teve o plano aprovado pelo Ibama no mês passado, haverá o teste de um evento acidental de vazamento de óleo, com o objetivo de verificar a eficácia do plano de emergência para a perfuração.

Serão avaliados pelo Ibama aspectos como a eficiência dos equipamentos, a agilidade na resposta, o cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas. Após esse processo, o Ibama vai dar uma resposta final sobre a possibilidade de explorar a região.

A briga da Petrobras pela Margem Equatorial é antiga. A estatal recebeu negativa do Ibama em outras vezes que pediu o licenciamento, com a alegação de que os projetos da empresa não atendiam às necessidades de proteção ambiental.

Região onde está localizada a Margem Equatorial. Foto: Petrobras/Reprodução

A empresa busca explorar a região conhecida como Foz do Amazonas, mas a iniciativa é vista com desconfiança por ambientalistas, que questionam os impactos ao ecossistema. Ao todo, a Margem Equatorial é uma área 2.200 quilômetros ao longo da costa, próxima à Linha do Equador, e é apontada como o novo “pré-sal”, por causa do potencial de produção de petróleo.

Ela começa no Amapá e vai até o litoral do Rio Grande do Norte, passando pelas bacias: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e foz do Amazonas. A Petrobras hoje tem autorização para fazer perfurações na parte que abrange o litoral do RN, mas ainda não conseguiu a liberação do Ibama para avanços exploratórios na parte mais ao norte do País.

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