Economia

Haddad: o tempo se esgota para definir uma meta fiscal factível para 2025

Em poucos dias, a equipe econômica terá de enviar o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem

Haddad: o tempo se esgota para definir uma meta fiscal factível para 2025
Haddad: o tempo se esgota para definir uma meta fiscal factível para 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto:Wilson Dias/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O governo Lula (PT) precisa correr para definir uma meta fiscal “factível” para 2025, disse nesta segunda-feira 8 o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Em 15 de abril, a equipe econômica terá de enviar o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias com a meta de resultado primário para o ano que vem.

“Estamos esgotando o tempo para fazer as contas necessárias para fixar uma meta factível à luz do que aconteceu de um ano para cá”, disse o ministro, ao retornar de uma reunião no Palácio do Planalto. “Vamos nos lembrar de que essa meta foi anunciada em março do ano passado, quando foi apresentado o marco fiscal.”

Para 2025, o novo arcabouço fiscal prevê uma meta de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. O governo, no entanto, terá dificuldades de arrecadação no ano que vem, com o fim de receitas extraordinárias que entram no caixa de 2024, como a regularização de fundos exclusivos e de offshores.

Além da diminuição de receitas extraordinárias, o governo enfrenta desafios no Congresso, que deseja manter a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, a redução da contribuição à Previdência Social por pequenas prefeituras e a ajuda a empresas do setor de eventos.

“De lá [março do ano passao] para cá, aconteceu muita coisa boa, mas tivemos alguns percalços que terão de ser considerados. E nós temos ainda alguma insegurança em relação ao resultado final das negociações deste semestre em relação a temas importantes”, acrescentou Haddad.

O ministro não adiantou se o governo pretende reduzir a meta fiscal de 2025 para um superávit de até 0,25% do PIB, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. Haddad disse apenas que o principal objetivo da equipe econômica é manter a sustentabilidade das contas públicas, com uma trajetória sustentável.

“De que adianta você ter um resultado primário positivo por um ano e ele ser insustentável? Nós estamos procurando fazer uma coisa pensando em sustentabilidade das contas.”

(Com informações da Agência Brasil)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo