Economia
Haddad diz que anúncio do texto do novo arcabouço fiscal ocorrerá após reuniões com Lira e Pacheco
O ministro apresentou a proposta para Lula, que o orientou a conversar com economistas e lideranças do Congresso
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira 20 que o anúncio do texto do novo arcabouço fiscal só deverá acontecer após reuniões com lideranças do Congresso Nacional e economistas. O petista classificou os encontros como “reuniões prévias preparatórias”.
Em conversa com jornalistas, Haddad disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou que, antes do anúncio oficial, fossem feitas “conversas importantes com os presidentes das duas Casas [Câmara dos Deputados e Senado Federal], com líderes partidários e com economistas que não fossem de mercado”. O ministro apresentou o texto da nova âncora fiscal para Lula na última sexta-feira 17.
De acordo com Haddad, a ideia do governo de não ter reuniões com economistas ligados ao mercado, neste momento, serve para evitar “informação privilegiada”.
O ministro da Fazenda disse ainda que as reuniões devem acontecer hoje e na terça-feira 21. “O presidente mantém a intenção de anunciar [o texto do novo arcabouço fiscal] antes da viagem para a China”.
Oficialmente, a primeira agenda de Lula na China será no domingo 26. O ministro da Fazenda informou que o presidente viajará no sábado 25.
André Lucena
Redator de CartaCapital baseado em Buenos Aires
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
É ingenuidade pensar em reindustrializar o Brasil sem o Estado, diz Mercadante
Por Getulio Xavier
Presidente da Fiesp define como ‘pornográficas’ as taxas de juros praticadas no Brasil
Por CartaCapital