Economia

Haddad defende queda na taxa de juros: ‘Não podemos ter medo de tomar as decisões corretas’

O ministro da Fazenda garantiu haver espaço para reduzir a Selic; a reunião do Copom começa nesta terça-feira

Haddad defende queda na taxa de juros: ‘Não podemos ter medo de tomar as decisões corretas’
Haddad defende queda na taxa de juros: ‘Não podemos ter medo de tomar as decisões corretas’
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira 21 ver espaço para a redução da taxa básica de juros praticada no Brasil. A declaração foi concedida em palestra no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

“Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes num momento em que a economia pode e deve decolar”, avaliou. “Não podemos ter medo de tomar as decisões corretas, tanto do ponto de vista do arcabouço fiscal, quanto do ponto de vista monetário, porque há espaço para isso.”

A declaração de Haddad ocorre horas antes do início da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que pode decidir pela redução da Selic ao final do encontro, na quarta-feira. O índice está fixado em 13,75% ao ano, considerado abusivo pelo governo.

Mais cedo, o presidente Lula (PT) reafirmou as críticas a Roberto Campos Neto, presidente do BC, e prometeu que seu governo seguirá trabalhando pela redução da taxa. A exemplo de Haddad, Lula disse apostar no novo arcabouço fiscal como medida para auxiliar nessa decisão.

“Acho que o presidente do Banco Central não tem compromisso com a lei de autonomia do Banco Central. A lei diz que é preciso cuidar da responsabilidade monetária, mas é preciso cuidar da inflação e do crescimento do emprego. Coisa com que ele não se importa”, afirmou o presidente.

Haddad, por sua vez, foi mais comedido e pediu ‘união’ em torno da busca pelo equilíbrio fiscal. “Precisamos convergir políticas fiscal e monetária, garantindo a todos sustentabilidade socioeconômica para honrar compromissos”.

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