Guedes: se o governo recriar o auxílio emergencial, congelará verbas da Educação

'Caso o pior aconteça, temos protocolo da crise, aperfeiçoado agora', declarou

O ministro da Economia Paulo Guedes. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, não descarta a recriação do auxílio emergencial, mas condiciona uma eventual volta do benefício a cortes de gastos na Segurança e na Educação e ao congelamento de salários do funcionalismo público.

 

 

“Não pode ficar gritando ‘guerra’ toda hora. Nós temos que ter muito cuidado. Quer criar o auxílio emergencial de novo, tem que ter muito cuidado, pensa bastante”, disse o ministro em evento do setor financeiro nesta terça-feira 26. “Porque se fizer isso não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, porque a prioridade passou a ser absoluta (para o auxílio)”.

Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro saberá o que fazer em um cenário de “guerra”, caso a vacinação atrase e as mortes causadas pela Covid-19 continuem acima de mil por dia.


“Se a pandemia se agrava e continua 1.500 mortes por dia, a vacina não chega e falhamos miseravelmente, mas não acredito nisso… Mas caso o pior aconteça, temos protocolo da crise, aperfeiçoado agora”.

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Brasil registrava na segunda-feira 25 217.664 mortes pelo novo coronavírus. A média móvel dos últimos sete dias, conforme monitoramento do Conass, é de 1.052.

Na segunda, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o auxílio emergencial não é “duradouro” ou “vitalício”.

“A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”.

 

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