Economia
Governo Lula tenta frear greve e propõe reajuste em auxílios de servidores
Não haverá, porém, aumento de salário em 2024, conforme declaração do ministro do Fazenda, Fernando Haddad (PT)
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Com o objetivo de evitar uma paralisação nacional no funcionalismo público, o governo Lula (PT) propôs um reajuste em auxílios como alimentação e creche dos servidores públicos federais. Além disso, a gestão comprometeu-se a abrir rodadas de negociação com as categorias.
A proposta foi apresentada durante uma reunião entre a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) e representantes dos servidores nesta quarta-feira 10, em Brasília. Agora, as categorias têm até a semana que vem para dizer se concordam ou não com a alternativa sugerida pelo governo.
Se houver acordo, o reajuste deve passar a valer em maio. Em contrapartida, o governo Lula espera que nenhuma categoria interrompa a prestação de serviços públicos com greves ou paralisações, sob pena de suspensão das negociações.
A alternativa do governo federal apresenta os seguintes termos:
- auxílio-alimentação: 658,00 para mil reais
- auxílio-saúde: 144,38 para cerca de 215 reais
- auxílio creche: 321 para 484,90 reais
O reajuste nos auxílios representa aumento de 51,06%, e os recursos para bancá-lo estão contemplados no Orçamento de 2024.
A reunião com representantes do funcionalismo público foi marcada pelo governo após integrantes do Palácio do Planalto alertarem sobre o impacto de uma eventual greve geral na popularidade de Lula.
Algumas categorias já têm indicativo de paralisação, como professores do ensino superior. Além disso, funcionários dos institutos federais e técnicos das universidades públicas interromperam as atividades nos últimos dias.
Antes do encontro desta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a equipe econômica faz os cálculos a fim de averiguar se há espaço para reajuste de salário aos servidores nos próximos anos. Ele acrescentou, contudo, que, em 2024, isso não será possível, pois o “Orçamento está fechado”.
A avaliação do presidente do Fórum das Carreiras de Estado, Rudinei Marques, é que a falta de prazo para o fim das negociações tende a ampliar a insatisfação das categorias e acelerar a onda de paralisações no País, de modo a pressionar o governo.
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