Economia
Governo ainda considera leilão para compra de arroz, diz Teixeira
Compra do grão no mercado externo é estratégia do governo para regular preço após perda da produção no RS
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o governo federal ainda não descartou realizar um leilão para a importação de arroz.
A compra do grão é vista como uma estratégia para aumentar a oferta do produto no País, e com isso, baixar os preços praticados, principalmente no Norte e no Nordeste.
“Os produtores garantiram preços baixos, mas estamos com uma pesquisa em todas as capitais, que indicam preços altos. Essa realidade está se estendendo muito. O governo não retirou de seu radar a decisão de fazer o leilão”, declarou o ministro em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quarta-feira 10.
O processo de compra havia sido confirmado pelo governo federal após a perda de parte da produção de arroz em razão das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado corresponde a 70% de toda a produção nacional do grão.
No entanto, produtores garantiram que a perda da produção não seria significativa para justificar a importação e garantiram que não haveria aumento de preços.
“Nosso sentimento é que não houve recuo de preços, embora os produtores tenham afirmado que não sofreram perdas com as enchentes”, disse Teixeira.
Já houve duas tentativas de compra dos grãos, mas os leilões foram anulados após serem encontradas inconsistências nas empresas vencedoras.
Desde então, há uma divergência dentro do governo sobre a realização da importação.
No início do mês, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o leilão não seria mais realizado, dado que o preço do arroz havia se normalizado.
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