Economia
Gleisi propõe vetar a publicidade de bets no Brasil
Para a presidente do PT, é necessário ‘proteger os consumidores’; outro deputado do partido apresentou um projeto semelhante



A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, apresentou um projeto de lei para proibir ações de publicidade da loteria de apostas de quota fixa, as chamadas bets.
Segundo Gleisi, o objetivo é “proteger os consumidores, especialmente aqueles mais vulneráveis, dos potenciais riscos associados ao aumento da exposição às apostas e jogos de azar”.
“As empresas divulgadoras de publicidade ou de propaganda, incluídos provedores de aplicação de internet, deverão cessar a prática e proceder à exclusão das divulgações e das campanhas.”
O projeto de Gleisi chegou à Mesa Diretora da Câmara na quarta-feira 11. Um dia antes, outro deputado do PT, Reginaldo Lopes (MG), protocolou uma proposta semelhante, para vedar a propaganda de bets em todos os meios, como rádio, televisão, jornal e internet em geral. Se a matéria prosperar, também barrará a publicidade em placas e uniformes – atualmente, essas empresas patrocinam diversos clubes de futebol no Brasil.
O “vírus do tigrinho” é o tema da edição impressa de CartaCapital nesta semana. A reportagem de capa da revista informa que, em um país onde 43% da população afirma não ter segurança financeira, a consultoria PwC do Brasil mostra que, para as duas classes da base da pirâmide social, as apostas já equivalem a 76% das despesas mensais com lazer e cultura e a 5% do que é destinado à alimentação. Pesquisas estão sendo realizadas para mensurar também o impacto das bets e dos tigrinhos no orçamento destinado à educação das famílias.
Assinantes podem ler a matéria também em versão digital, por meio deste link.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.