Economia

Galípolo nega preparação para assumir a presidência do Banco Central

A indicação do economista para a diretoria de política monetária do banco foi anunciada pelo ministro Fernando Haddad e irá à análise do Senado

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galipolo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Presidente da Fiesp, Josué Christiano Gomes da Silva. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, negou nesta terça-feira 9 que estaria se preparando para assumir a presidência do Banco Central e disse ter a intenção de “facilitar o diálogo” entre a instituição e o governo Lula (PT).

A indicação de Galípolo para a diretoria de política monetária do BC foi anunciada na segunda 8 pelo ministro Fernando Haddad e depende da aprovação do Senado. Caso tenha o aval, ele substituirá Bruno Serra Fernandes, que deixou o posto recentemente.

“Eu não vim para cá para meter nenhum tipo de projeto de carreira pessoal, não faz nenhum sentido para mim. A minha posição sempre foi, tanto com o presidente quanto com o ministro, que eu estou aqui para tentar colaborar com o projeto, desde que se entenda que eu possa colaborar e na posição em que se entenda que eu posso colaborar e eu me sinta confortável desempenhar”, afirmou.

O economista ainda destacou manter uma “boa relação” com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e disse que “todo mundo quer baixar os juros”, mas ponderou ser natural haver divergências entre os integrantes do Conselho de Política Monetária, responsável por fixar a taxa Selic.

“Tenho convicção que toda a diretoria do BC não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional nem pessoal, de ter um juro mais alto”, prosseguiu. “Eu acho que o que vem sendo feito pela Fazenda é tentar criar um ambiente pra que o mercado possa colocar os preços da maneira adequada e que o BC possa sancionar essa redução dos juros.”

A indicação de Galípolo acontece em meio à ofensiva do presidente Lula contra a política monetária do banco. O índice atual da Selic, de 13,75% ao ano, tem desagradado lideranças do governo federal e de setores da indústria.

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