Economia
FMI eleva a previsão de crescimento econômico do Brasil para 2,3%
‘A economia brasileira cresceu com força nos últimos três anos, surpreendendo positivamente’, avalia o conselho executivo do Fundo


O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, nesta quinta-feira 17, sua previsão de crescimento econômico para o Brasil a 2,3% neste ano e espera que a inflação atinja 5,2% até o fim de 2025.
A melhora na previsão é uma boa notícia para o governo do presidente Lula (PT), dias após os Estados Unidos ameaçarem o País com tarifas de 50% sobre seus produtos a partir de 1º de agosto.
“A economia brasileira cresceu com força nos últimos três anos, surpreendendo positivamente”, afirmou o conselho executivo do FMI em um comunicado, validando a avaliação periódica dos países-membros pela equipe do Fundo, conhecida como Artigo IV.
“O crescimento deve diminuir de 3,4% em 2024 para 2,3% em 2025, em meio a condições monetárias e financeiras restritivas, apoio fiscal reduzido e maior incerteza política global”, afirmou.
Em sua última atualização de previsão, em abril passado, a organização financeira internacional havia previsto um crescimento de 2%.
A médio prazo, o FMI espera que o crescimento “se recupere até 2,5%” devido à política monetária e a outros fatores, como a implementação da reforma tributária “para melhorar a eficiência e acelerar a produção de hidrocarbonetos”.
A inflação ficará em 5,2% ao final do ano, segundo o Fundo, e então cairá “gradualmente em direção à meta de 3% até o fim de 2027”.
O FMI elogiou a rigidez da política monetária em setembro de 2024. “Foi apropriado e consistente com o peso da inflação e das expectativas de retorno da inflação à meta de 3%”, afirma.
“As autoridades estão progredindo em sua agenda de crescimento sustentável e inclusivo”, afirma o comunicado.
Os diretores também elogiaram “a redução do desemprego e da pobreza nos últimos anos”, além do “progresso nas reformas estruturais”.
O FMI aponta riscos negativos “como o recente aumento da incerteza política global e a escalada das tensões comerciais”, em meio à ofensiva tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra seus parceiros.
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