Economia

Eu era feliz e não sabia

A Bolsa nunca rendeu tanto quanto nos anos Lula

Imagem: iStockphoto
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É notória a antipatia da Faria Lima pelo ex-presidente Lula. A Bolsa de Valores e os bancos tiveram, no entanto, um desempenho expressivamente melhor sob o governo do petista, mostra levantamento da Comdinheiro. Entre 2003 e 2010, o Ibovespa acumulou alta média de 32,7%, enquanto entre 2019 e 2021, a média foi de 7,5%. Chegou a 26,9% no mandato de Michel Temer, e recuou 8,48% sob Dilma Rousseff. Filipe Ferreira, diretor-financeiro da ComDinheiro, destaca o fato de que, no primeiro ano de Lula, a Bolsa vinha de uma queda de 17% em 2002 e se beneficiou da bonança das commodities, assim como da política expansionista de crédito do PT. A Comdinheiro analisou ainda a performance das ações dos maiores bancos. O Itaú teve retorno médio de 38% sob Temer, 34,2% com Lula, e 2% com ­Dilma. Com Bolsonaro, as ações caíram 5%. Os papéis do Bradesco desempenharam melhor sob Temer, seguido por Lula e Dilma, com altas médias de 45,6%, 38,7% e 0,94%, respectivamente. Com Bolsonaro, perderam 5%. As ações do Banco do Brasil subiram 56,2% durante o mandato de Temer e 54,2% com Lula. Com Bolsonaro e Dilma, caíram 7,9% e 5%.

Fonte: Comdinheiro
Imagem: Ricardo Stuckert, Isac Nóbrega/PR, Alan Santos/PR e Casa de América

Imagem: Jacob Polacsek/WEF


TSUNAMI NA INFRAESTRUTURA

Imagem: Camila Souza/GOVBA

Nada menos que 130 trilhões de dólares devem ser investidos, daqui até 2027, em projetos de descarbonização e revitalização de infraestrutura crítica, estima a consultoria internacional McKinsey, com base em dados de instituições multilaterais e centros de pesquisa privados. Metade irá para infraestrutura convencional e metade para projetos sustentáveis, como usinas solares, parques eólicos, eletrolisadores, novas tecnologias e siderurgia “verde”. Desafios: lidar com novos stakeholders, como governos, reguladores e Parlamentos, e administrar uma previsível escassez da mão de obra para guindastes, diz a McKinsey.


“VAQUINHA”

Uma operação financeira inédita lançada pela Hurst ­Capital possibilitará à empresa de biotecnologia BioGrowth desenvolver a produção da ­Coenzima Q10, substância essencial para a produção de energia das células do corpo humano e cuja suplementação é recomendada para pacientes com problemas cardíacos e musculares, ou praticantes de exercícios físicos. A ­BioGrowth cedeu royalties que serão gerados por uma operação de ­equity crowdfunding, regulamentada pela CVM, com prazo de 43 meses, aporte mínimo de 10 mil reais e rentabilidade entre um máximo de 33,39% e um mínimo de 13,45%.


FORA CHINA

Um total de 150 empresas de capital chinês podem ser expulsas do mercado de ações dos EUA pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) por se recuarem a seguir as regras de auditoria norte-americanas. As auditorias das empresas de capital aberto nos EUA são obrigadas a passar pelo crivo do Conselho de Supervisão Contábil de Empresas Públicas (PCAOB) nomeado pela SEC, sob pena de não poderem ter ações negociadas em Bolsa. A China há anos recusa inspeções de auditoria estrangeira, citando preocupações de segurança nacional. O Congresso pressiona pelo cumprimento da norma até 2023, informa a CNBC TV.


CRÉDITO

A plataforma de negócios ­BeeCap desenvolveu uma solução – a uFund – para facilitar aos 4 milhões de participantes de planos de previdência privada tomar crédito das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Os fundos de pensão gerem mais de 1 trilhão de reais, dos quais 15% podem ser disponibilizados em linhas de crédito, mas apenas 2,1% atendem a essa finalidade. A uFund permite ao beneficiário acesso ao histórico de rendimentos, à alteração do valor de contribuição, crédito em tempo real com consulta e contratação, além de autoatendimento com a opção de realizar prova de vida.


PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1213 DE CARTACAPITAL, EM 22 DE JUNHO DE 2022.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Eu era feliz e não sabia”

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