Economia

Emprego com carteira assinada sobe pelo segundo mês seguido

Segundo o Ministério do Trabalho, em maio as contratações superaram as demissões em 34.253 vagas

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A economia brasileira teve saldo positivo na geração de empregos formais pelo segundo mês consecutivo. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira 20 pelo Ministério do Trabalho, a criação de vagas com carteira assinada superou as demissões em 34.253 em postos. Trata-se do primeiro mês de maio com contratações desde 2014.

O saldo positivo é resultado de 1.242.433 admissões e 1.208.180 desligamentos em maio, o que reverte o resultado negativo de 72.615 vagas fechados no mesmo mês do ano passado. No ano, o saldo é positivo em 48.543 postos de trabalho formais, também uma melhora em relação ao saldo negativo em 448.011 postos de trabalho apurado de janeiro a maio de 2016. Em 2015, na mesma comparação, foi negativo em 243.948 vagas de emprego.

O Ministério do Trabalho informou, porém, que nos doze meses encerrados em maio houve a  demissão de 853.665 trabalhadores com carteira assinada.

Os dados do Caged mostram que a criação de empregos formais em maio aconteceu principalmente por conta da agricultura, que abriu 46.049 vagas formais, reflexo do bom desempenho do setor, responsável, inclusive, pela leve expansão da economia registrada no primeiro trimestre deste ano.

A indústria de transformação, por sua vez, registrou a abertura de 1.432 empregos, mas o comércio demitiu 11.254 trabalhadores no mês passado.

A construção civil registrou o fechamento de 4.021 vagas formais, e os serviços abriram 1.989 postos com carteira assinada.

A região Sudeste foi a que teve mais trabalhadores contratados no mês passado: 38.691. A região Centro-Oeste registrou a abertura de 6.809 postos. A região Nordeste registrou a contratação de 372. Já a região Norte fechou 1.024 vagas com carteira assinada no mês passado e, a região Sul, fechou 10.595.

No próximo dia 30 de junho o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados do mercado de trabalho que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) contínua, com dados do trimestre encerrado em maio. Os dados do IBGE são considerados mais realistas, pois englobam também o emprego informal e são apurados por pesquisa, com base em quem está procurando por emprego, e não pelos dados informados pelas empresas, como o Caged.

Os últimos dados não são positivos. O número de brasileiros em busca de um emprego atingiu 14 milhões no trimestre encerrado em abril de 2017, um aumento de 8,7% na comparação com o trimestre anterior (novembro a janeiro) e de 23,1% ante o mesmo período do ano passado.

Com isso, a taxa de desocupação atingiu 13,6%, 1 ponto porcentual acima daquela registrada no trimestre encerrado em janeiro e 2,4 pontos acima da apurada há um ano. Isso significa que em um ano o 2,6 milhões de pessoas ficaram desempregadas.

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