Economia

Em proposta de orçamento ao Congresso, Bolsonaro não garante aumento do Auxílio Brasil

O texto cita um valor médio de R$ 405 reais, abaixo dos R$ 600 reais prometidos pelo presidente a partir de 2023. O salário mínimo também deve ter aumento abaixo da inflação

Em proposta de orçamento ao Congresso, Bolsonaro não garante aumento do Auxílio Brasil
Em proposta de orçamento ao Congresso, Bolsonaro não garante aumento do Auxílio Brasil
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Miguel Schincariol/AFP
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A proposta de Orçamento encaminhada nesta quarta-feira 31 pelo governo ao Congresso não inclui o aumento para 600 reais do Auxílio Brasil. O texto cita um valor médio de 405 reais, abaixo do prometido pelo presidente Jair Bolsonaro a partir de 2023.

O valor de 600 reais do auxílio alcançado com a PEC Eleitoral tem validade até dezembro deste ano e vem sendo visto como uma medida eleitoreira de Bolsonaro.

O governo sinalizou em mensagem ao Congresso que ‘envidará esforços’ para alcançar o auxílio de 600 reais no próximo ano, mas não detalhou possíveis alternativas a serem utilizadas.

“O governo federal reconhece a relevância da referida política pública e a importância da continuidade daquele incremento para as famílias atendidas pelo Programa. Nesse sentido, o Poder Executivo envidará esforços em busca de soluções jurídicas e de medidas orçamentárias que permitam a manutenção do referido valor no exercício de 2023, mediante o diálogo junto ao Congresso Nacional para o atendimento dessa prioridade”, justificou.

Salário mínimo não terá aumento acima da inflação

Também na proposta orçamentária, o governo indicou uma previsão de que o salário mínimo chegue ao valor de 1.302 reais no ano que vem. O reajuste de 90 reais sobre o valor praticado neste ano, de 1.212 reais, não configura um aumento real, acima da inflação.

Desde 2020, a estimativa do governo para o aumento do salário mínimo se dá com base no acumulado anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC). Se o valor ao fim do ano for diferente do estimado, o governo terá de reajustá-lo.

O governo de Dilma Rousseff instituiu como base de cálculo para o aumento do salário mínimo a inflação e a variação do PIB, mas a política foi descontinuada em 2019.

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