Economia

Eletrobras tem prejuízo de R$ 479 milhões em trimestre posterior a privatização

A empresa diz que houve impacto do Plano de Demissão Voluntária dos funcionários

Foto: Reprodução
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A Eletrobras apresentou um prejuízo líquido de 479 milhões de reais no último trimestre de 2022, resultado bem inferior ao lucro líquido registrado no mesmo período de 2021, de 610 milhões de reais.

A informação consta do documento Informe aos Investidores 4T 2022, divulgado nesta terça-feira 14.

De acordo com o relatório, houve impactos negativos dos seguintes fatores:

  • a contabilização do Plano de Demissão Voluntária, realizado em 2022, no montante de 1,26 bilhão de reais, com a adesão de 2.494 empregados e 13 meses de pay back;
  • a constituição de provisão de recebíveis da Amazonas Energia, no montante de 2,53 milhões de reais;
  • os encargos de dívida em função da consolidação da Sociedade de Propósito Específico Santo Antônio Energia, com gastos de 436 milhões de reais a partir do terceiro trimestre;
  • As despesas financeiras em 888 milhões de reais pelas obrigações junto à Conta de Desenvolvimento Energético e aos projetos de revitalização das bacias hidrográficas e Amazônia Legal, como uma das condições da lei que desestatizou a Eletrobras.

O resultado anual foi de lucro líquido de quase 3,64 milhões de reais, cifra 36% inferior à obtida em 2021, no montante de 5,71 milhões de reais. Além dos motivos já mencionados, o documento cita a deflação no ano passado, que teria desencadeado uma redução de 1,67 milhão de reais nas receitas de transmissão.

A privatização da Eletrobras foi concluída em junho de 2022. A criação da estatal foi proposta em 1954 pelo então presidente Getúlio Vargas. O projeto foi aprovado sete anos depois.

Nas redes sociais, forças políticas que foram contrárias à operação anunciam um ato público pela reestatização da empresa na quarta-feira 15, às 9h, em frente ao prédio do Ministério de Minas e Energia, em Brasília. A manifestação é coordenada pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários.

O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP), que também é favorável à reestatização, aproveitou o resultado negativo para ironizar: “Não era só privatizar?”, escreveu em sua rede social.

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