Economia

Dilma Rousseff é eleita para o comando do banco dos Brics

A ex-presidenta do Brasil ficará no cargo até julho de 2025

A ex-presidenta Dilma Rousseff. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi eleita para comandar o Novo Banco do Desenvolvimento (NDB) – banco dos Brics – nesta sexta-feira 24, durante uma reunião virtual.  A petista foi indicada por Lula (PT) para substituir Marcos Troyjo, aliado do ex-ministro Paulo Guedes.

Dilma comandará o banco – criado em 2014, quando ela ocupava o Palácio do Planalto – até julho de 2025. A posse está marcada para o dia 29, quarta-feira, quando Lula estará na China com a comitiva de ministros e empresários.

Economista, Dilma foi aprovada no cargo após passar por uma série de sabatinas realizadas por autoridades estrangeiras ao longo do último mês. Os votos para sua indicação foram dados pelo conselho de governadores do banco, formado pelos ministros da Fazenda do Brasil, Rússia, Índia, China e África do do Sul – países fundadores dos Brics. Participaram também com votos os novos integrantes do bloco: Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai. A aprovação foi dada por unanimidade.

O banco que será comandado por Dilma tem o objetivo de mobilizar recursos para investir em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em mercados emergentes. A estratégia do banco para o período entre 2022 e 2026 é intitulada Aumentar o Financiamento do Desenvolvimento para um Futuro Sustentável.

Atualmente, as áreas de operação do NDB se dividem em: Energia Limpa e Eficiência Energética; Infraestrutura de transporte; Água e saneamento; Proteção do meio ambiente; Infraestrutura social; e Infraestrutura digital. A ex-presidenta do Brasil comandará uma carteira de investimentos de 33 bilhões de dólares e terá como desafios impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

Com a aprovação, Dilma terá que se mudar para Xangai, na China, onde fica a sede atual do NDB. Esse será o primeiro cargo público ocupado por ela desde que foi deposta em um processo de impeachment em 2016. O salário oficial não foi divulgado e, segundo a instituição, está no mesmo patamar de outros executivos com cargos semelhantes no mercado. A estimativa é de que Dilma ganhará cerca de 500 mil dólares por ano no comando do NDB.

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