Economia

Desemprego mantém queda, mas ainda atinge 13 milhões de brasileiros

Taxa atingiu 12,4% no trimestre encerrado em setembro. Informalidade segue impulsionando a geração de postos de trabalho

Emprego só cresce por conta de aumento da informalidade
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A taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atingiu 12,4% no trimestre que terminou em setembro, recuou 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em junho. Na comparação com o período que terminou em agosto, a queda foi de 0,2 ponto. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Mensal, divulgada nesta terça-feira 31.

Mesmo com a tendência de queda confirmada nos últimos trimestres, o número de pessoas em busca de uma ocupação ainda é alto e soma 13 milhões, uma redução de 3,9% (menos 524 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. No confronto com igual trimestre de 2016, quando havia 12 milhões de desocupados, o cenário ainda é de alta, 7,8% ou mais 939 mil desempregados.

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Como já vem acontecendo nos últimos trimestres – desde que o mercado de trabalho passou a mostrar sinais de recuperação – a informalidade é a responsável pela redução do número de pessoas sem ocupação.

Dos 91,3 milhões de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em setembro, 22,9 milhões trabalhavam por conta própria, e 10,9 milhões eram empregadas no setor privado sem carteira de trabalho, um crescimento de, respectivamente, 1,8% e 2,7%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

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Essa conjuntura pode ser verificada também na categoria de alojamento e alimentação, que contempla, entre outras, pessoas que cozinham em casa para vender na informalidade. Ela registrou um aumento de cerca de 175 mil pessoas, um crescimento de 3,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

O emprego forma, mais uma vez, se manteve estável apesar do aumento do emprego como um todo. O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimado em 33,3 milhões de pessoas, é o mesmo do trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve queda de 2,4%.

Renda
A redução nos índices de desemprego foi acompanhada pelo aumento de 1,4% da massa de rendimento real (188,1 bilhões de reais), que é a soma da renda da população ocupada, frente ao trimestre de abril/maio/junho. Frente ao mesmo período de 2016, o aumento foi de 3,9%.

De acordo com Cimar, esse resultado é particularmente positivo, pois significa, efetivamente, que há mais gente empregada e melhor remunerada: “É importante ressaltar essa informação, pois pode haver aumento do emprego e redução da renda”, conclui.

O rendimento médio recebido pelos trabalhadores, porém, se manteve estável e foi estimado em 2115 mil reais no trimestre de julho a setembro de 2017, estabilidade também frente o mesmo período do ano passado. Isso mostra que o aumento da massa de rendimento cresceu apenas pelo aumento do emprego, sem efeitos sobre o poder de compra do trabalhador.

 

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