Desemprego cai para 7,6% e população ocupada supera 100 milhões

Pnad Contínua mostra que percentual da população desocupada é o mais baixo desde fevereiro de 2015

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

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A taxa de desocupação no país caiu para 7,6% no trimestre encerrado em outubro. O percentual representa uma queda de 0,3% na comparação com os três meses anteriores. O dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira 30 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostrou, também, que o patamar de desemprego atual é o mais baixo desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. 

De acordo com o levantamento, os percentuais divulgados hoje mostram que a população desempregada no Brasil é de 8,3 milhões de pessoas. Na outra ponta, a população ocupada foi de 100,2 milhões de pessoas, superando pela primeira vez a barreira dos 100 milhões. 

O crescimento da população ocupada foi de 0,9% em comparação ao trimestre anterior. Segundo a coordenadora da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, “a população ocupada segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior”. 

O aumento no número de pessoas ocupadas foi identificado nas diversas modalidades de trabalho. Vale destacar que a Pnad Contínua é a principal ferramenta de monitoramento da força de trabalho no país, medindo não apenas os trabalhos formais com carteira assinada, mas, também, o número de trabalhadores por conta própria.

Segundo a pesquisa, o Brasil tem, atualmente, cerca de 37,4 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado. O montante, que não inclui trabalhadores domésticos, é o maior no país desde janeiro de 2015. Para o trabalho formal, o volume representa um aumento de 1,6% em comparação ao trimestre anterior.

O número de trabalhadores informais também cresceu: 25,6 milhões de pessoas, representando um aumento de 1,3% em relação ao último trimestre. 


A taxa de informalidade, assim, segue rondando a casa dos 40% no país. A pesquisa divulgada nesta quinta mostrou que a taxa ficou em 39,1%, com queda mínima (-0,1%) na comparação com o trimestre anterior.

Renda aumenta 

No balanço entre trabalho formal e informal, a renda média dos trabalhadores brasileiros é de 2.999 reais, valor que cresceu 1,7% no trimestre e 3,9% no ano. “Ou seja, a leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e quantitativo, com o aumento do rendimento médio“, avalia Beringuy. A subida no rendimento, porém, só foi verificada de maneira expressiva no caso dos empregados com carteira de trabalho assinada. 

A Pnad Contínua foi feita nos 26 estados e no Distrito Federal. Os dados divulgados ainda não tomam como base o Censo Demográfico 2022, mas o IBGE já informou que pretende fazer a revisão a partir de 2024.

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