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De pires na mão

Em um ano de incertezas políticas e econômicas, as empresas precisam ser prudentes na busca por crédito

(Arquivo Marcelo Casall Jr./Agência Brasil) (Arquivo Marcelo Casall Jr./Agência Brasil)
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Se o financiamento sempre foi um problemaço para as empresas brasileiras, de todos os portes, pior ainda neste ano em que juros altos, dólar caro, estagflação e eleições impõem cautela nos investimentos, rédea curta nos gastos e muita seletividade por parte dos bancos e outros fornecedores de capital. A Bolsa, que foi uma importante fonte de captação de recursos para as empresas abertas, está menos atrativa, tanto que ao menos 12 IPOs (oferta inicial de ações) previstos para 2022 foram cancelados. Para as grandes companhias fechadas, para as médias empresas e para os pequenos negócios será imperioso rastrear alternativas de empréstimos e financiamentos mais acessíveis, com condições mais favoráveis no cenário de juros altos e em ascensão.

A taxa média de juros bancários encerrou 2021 em 24,4% ao ano, com alta de 6 pontos porcentuais no ano, devido, em primeiro lugar, ao aperto monetário promovido pelo Banco Central de Roberto Campos Neto, que resultou em aumento da taxa básica, a Selic, de 2% ao ano para 10,5%, de março de 2021 até a reunião do Comitê de Política Monetária desta quarta-feira 2. Além disso, houve o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras, que passou 1,5% anuais para 2,04%, no caso das pessoas jurídicas. Não bastasse, a carteira de recursos direcionados e juros subsidiados foi afetada pela redução dos programas públicos de crédito, a tal ponto que fechou o ano com queda de 0,3%, enquanto o total da carteira de Pessoa Jurídica registrou expansão de 11,1% em 2021.

Alberto Ajzental, da FGV: “Tomar dinheiro a esses juros é loucura”

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