Após seis anos de sucateamento para a venda da empresa na bacia das almas, os Correios voltaram a investir na sua estrutura, na contratação de funcionários e na oferta de novos serviços, como a comercialização de apólices de seguro nas agências a partir de 2024. A ameaça da privatização dissipou-se de vez e a empresa pública vive uma nova fase, garante o presidente Fabiano da Silva Santos. O novo Programa de Aceleração do Crescimento prevê 856 milhões de reais para a modernização do parque logístico, e a estatal também pretende renovar sua frota com veículos elétricos. “Além de melhorar a eficiência, queremos transformar os Correios numa empresa verde”, explica o gestor. A íntegra da entrevista, em vídeo, está disponível?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> no canal de CartaCapital no YouTube.
CartaCapital: Como o senhor avalia a situação dos Correios hoje?
Fabiano da Silva Santos: Com mais de três séculos de história, o principal serviço de entregas do Brasil passa por uma nova fase, renascendo dos escombros da gestão Bolsonaro. Para justificar a privatização dos Correios, eles apontavam uma suposta ineficiência e falta de produtividade da estatal – uma desculpa para entregar outro serviço essencial à população nas mãos da iniciativa privada. A empresa está presente em todos os municípios, de Norte a Sul do País, mas sofreu muito nos últimos anos. Quando um governo decide vender uma estatal, o primeiro passo é jogá-la na bacia das almas, cortando todos os investimentos para manter ou melhorar a operação. Passamos muito tempo, por exemplo, sem aplicar recursos na área de tecnologia. Desde o governo de Michel Temer, eles preparavam o terreno para uma venda a preço de banana. O presidente Lula nos deu a incumbência de fazer o oposto: fortalecer e modernizar os Correios.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login