Economia

Das reformas à reindustrialização, o que disse Haddad em reunião na Fiesp

O ministro da Economia afirmou que o País tem de aproveitar um ‘interesse genuíno’ da comunidade internacional

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assume o cargo em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta segunda-feira 30 de uma reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, também esteve presente.

A agenda ocorreu dias após o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e seu antecessor, Paulo Skaf, assinarem uma carta em que se comprometem a trabalhar em conjunto pela pacificação dos ânimos, em meio a tentativas de trocar a presidência da entidade.

Em seu pronunciamento no evento, Haddad destacou a importância de atrair a atenção do mundo ao Brasil e afirmou haver um aumento de entrada de capital estrangeiro no País. Trata-se, segundo ele, da consequência de um “interesse genuíno na agenda brasileira”. Citou como exemplo a agenda democrática.

O ministro voltou a defender a aprovação de uma reforma tributária e estabeleceu os três principais caminhos de oportunidades abertos para o País:

  • na agenda fiscal: “Aprovar a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, o que já vai pacificar o Brasil em um front delicado”;
  • na agenda do crédito: “Eu me reuni com o presidente do Banco Central e vamos desengavetar todas as iniciativas do BC que estavam paralisadas no Executivo para melhorar o ambiente de crédito no Brasil”;
  • e na agenda regulatória: “Temos uma oportunidade, por sermos um dos maiores produtores de energia limpa, de nos reindustrializar a partir dessa matriz”.

Segundo Haddad, o mundo está em busca de energia limpa e o Brasil tem vantagens competitivas significativas para a produção de hidrogênio verde, energia eólica, energia solar e biomassa. “Sou um entusiasta da agenda de reindustrialização e acredito que a crise da mudança climática pode nos oferecer um caminho de desenvolvimento muito interessante”, avaliou.

Ele também defendeu a necessidade de o Pais “sair da agenda de curtíssimo prazo, se livrar um pouco dos movimentos táticos e ir para uma visão estratégica de desenvolvimento, que o Brasil não tem há muito tempo”.

Fernando Haddad tornou a declarar que o governo Lula será marcado pela “alta intensidade do ponto de vista das reformas necessárias para fazer este País andar” e reforçou que a agenda de reindustrialização abraça setores como a saúde e a educação.

Em seu pronunciamento, dirigiu-se, por fim, ao Sistema S, termo a definir o conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica. Fazem parte do sistema, entre outros, Senai, Sesc, Sesi e Senac.

“O Sistema S precisa ter foco no ensino médio. Esse é o maior gargalo na educação brasileira”, resumiu. O ministro acrescentou que o setor de ciência e tecnologia foi “muito sacrificado no último período” e que é necessário retomar os investimentos na área.

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