Economia

Copom vê margem para novos cortes na Selic; confira os argumentos do BC para redução dos juros

Segundo o comitê, a queda de 0,5 ponto nesta quarta ‘é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta’

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foto: Pedro França/Agência Senado
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No comunicado divulgado após confirmar o corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, o Comitê de Política Monetária do Banco Central afirmou que o ambiente externo ainda apresenta incertezas, mas destacou aspectos positivos no cenário doméstico.

Segundo o Copom, “observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado”. O BC, no entanto, continua a projetar um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

Além disso, avalia a instituição, ainda há “fatores de risco” nos cenários sobre a inflação, entre eles uma persistência das pressões inflacionárias globais e uma resiliência nos índices de preços de serviços.

Por outro lado, há “riscos de baixa”, a exemplo de uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada e da chance de os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Cortar a Selic em 0,5 ponto, diz o Copom, “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025”.

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”, aponta o comunicado.

A se confirmar o cenário esperado, todos os diretores do Copom projetam uma redução de 0,5 ponto nas próximas reuniões “e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

Por fim, de acordo com o comitê, a magnitude total desse ciclo de flexibilização na Selic dependerá da “evolução da dinânica inflacionária”. A Ata do Copom, com avaliações detalhadas sobre a deliberação que levou ao corte desta quarta-feira, será divulgada na semana que vem.

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