Economia

Consumo das famílias sobe 0,2% no primeiro trimestre, diz IBGE

Considerado ‘motor da economia’, consumo das famílias do país é impactado por inflação, taxa de juros e massa salarial

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O consumo das famílias do país cresceu 0,2% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o quarto trimestre de 2022. O indicador consta nos dados divulgados nesta quinta-feira 1 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou um crescimento de 1,9% do do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano.

Resumidamente, o cálculo do PIB pode ser feito sob o ângulo da oferta e da demanda. O consumo das famílias é o principal componente do PIB no que se refere à demanda, representando, segundo analistas do IBGE, cerca de 60% do indicador. Não é incomum que o consumo das famílias seja enxergado por economistas como o “motor da economia”.

Nos números divulgados hoje, o consumo das famílias cresceu 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Três fatores principais contribuíram para a subida: o crescimento da massa salarial, o aumento do crédito e a redução do patamar da inflação no país.

Vale destacar que o governo Lula (PT) promoveu, desde o início do ano, dois aumentos no salário mínimo. No primeiro mês de governo, o mínimo passou de 1.212 reais para 1.302. Em seguida, já em maio, o valor foi aumentado para 1.320 reais. 

Já o volume de crédito bancário, por sua vez, deverá crescer 7,6% em 2023, segundo o último Relatório de Inflação, divulgado pelo Banco Central (BC) no final de março. O patamar, porém, pode indicar “um processo de desaceleração de crescimento do crédito compatível com o ciclo de aperto monetário”, segundo o órgão. Pelo último relatório, houve um recuo da projeção, que estava em 8,6%.

Até o momento, a alta da inflação em 2023 está em 2,72%. Segundo o último Boletim Focus, divulgado pelo BC, a estimativa é que a inflação em 2023 seja de 5,71%. Entretanto, as variações dos preços no país devem ser consideradas pela capacidade de impacto nas diferentes faixas de renda. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que abrange famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, acumula, até o momento, alta de 2,42%.

Outro fator que impacta o poder de consumo é o patamar da taxa Selic. Vale destacar que a variação positiva de 0,2%, divulgada hoje, está inserida em um cenário no qual a taxa básica de juros se mantém em 13,75%, o que vem sendo alvo de críticas reiteradas do governo federal e de representantes do varejo.

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