Confusão na Petrobras

Se a empresa não controlar o pagamento de dividendos, terá de se endividar para fazer novos investimentos

Imagem: Arquivo/Agência Petrobras

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Segunda-feira, 11 de março de 2024, o dia amanheceu ao rufar dos tambores da mídia nativa. Quando os bumbos batem, alguém está condenado à execução. O patíbulo dos sabichões e sabidinhas exibia um personagem parrudo e orgulhoso. Conhecido como Petrobras, o desditado havia cometido o delito inominável de brecar o pagamento de dividendos extraordinários aos poderosos acionistas da empresa.

A Agência Brasil, ao tratar da barulheira mercadista, apresentou informações necessárias à avaliação da controvertida questão dos dividendos:

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3 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 18 de março de 2024 01h12
Tivemos na história um importante economista judeu alemão de nome Rudolf Hilferding que escreveu um livro chamado O Capital Financeiro, considerado se fosse o 4º livro do Capital de Marx, que disse que o crédito oferece ao capitalista individual, separando o sistema de mercado de ações, uma condição absoluta dentro de certos parâmetros do capital alheio e propriedades alheias. Em razão disso , a disponibilidade sobre o capital social, não sendo próprio, oferece ao capitalista individual também uma disposição sobre o trabalho alheio. Em síntese além da tendência de formação de conglomerados financeiros, pela fusão do capital bancário, industrial, comercial, existe ainda a tendência de formação de cartéis que ampliaria a margem de lucro das empresas. O sistema de crédito é facilitador da produção em larga escala e dificulta a redução do nível de atividade, pela quantidade de capital fixo aplicado. E então, as grandes corporações buscam a formação de cartéis a fim de evitarem as perdas decorrentes dos períodos recessivos e manterem suas margens de lucro. A criação das sociedades anônima foi a maior invenção do capitalismo financeiro, quando um capitalista precisa de dinheiro, ele não corre risco indo pedir empréstimo ao banco, ele se financia junto aos acionistas. No caso da Petrobrás, uma empresa de economia mista, os acionistas têm as suas ações garantidas pelo Estado brasileiro, mas querem o retorno ampliado dos dividendos extraordinário. O que querem esses senhores rentistas e essa mídia subserviente a eles é a descapitalização da Petrobrás e o aumento dos seus lucros, no futuro se ela continuar rentável, prosseguirão com suas ações, caso contrário rumarão para outras empresas, visto que seus interesses individuais estão acima dos interesses coletivos do país e da população.
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 18 de março de 2024 10h22
No frigir dos ovos, esse pessda Petrobras - como, de resto, seus congêneres em outra empresas - querem matar a galinha dos ovos de ouro…
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 18 de março de 2024 10h23
Em tempo: esse pessoal da Petrobrás

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