Economia

Como montar um plano integrado de logística

Estudo permite visualizar os ganhos maiúsculos de competitividade devido ao fator logístico

Como montar um plano integrado de logística
Como montar um plano integrado de logística
A presidenta Dilma Rousseff participa de cerimônia de anúncio do Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias. Foto: Wilson Dias / ABr
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No Seminário Brasilianas sobre Logística, o consultor Renato Pavan, da Macrologística, descreveu magistralmente a metodologia a ser utilizada na definição de um plano integrado para o setor. Contratado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), Pavan montou o projeto Norte Competitivo.

Os vídeos do seminário podem ser acessados aqui: http://migre.me/aoAY7.

***

A Fase 1 do trabalho consiste no mapeamento das vias de transporte. Prepara-se o projeto, detalham-se as cadeias produtivas da região. Depois, montam-se os macro fluxos atuais e os projetados e compara-os com a infraestrutura existente. Essa comparação permite identificar os gargalos da infraestrutura.

A Fase 2 trabalha os Eixos de Transporte. Identifica todos os eixos e projetos. Depois, define as prioridades (aqueles que oferecem menores custos até os portos europeus e asiáticos). Finalmente, desenvolve um plano e cronograma de implementação.

Na Fase 3, trabalha os chamados Eixos de Desenvolvimento. Seguindo as lições de Eliezer Baptista – de quem foi braço direito em inúmeros projetos -, analisa-se o ambiente econômico de forma integrada.

Identifica os micro-eixos alimentadores de carga; o Plano de Desenvolvimento Industrial para cada região; a oferta de energia; a telemática e a capacitação profissional necessária.

***

As cadeias produtivas são mapeadas de acordo com três critérios: cadeias da balança comercial com maior volume movimentado; cadeias mais relevantes na balança comercial da região; cadeias mais relevantes de termos de fluxos.

***

O mesmo grau de minúcia é observado no mapeamento da infraestrutura atual, as dutovias, os portos fluviais e terminais públicos e privados, os portos marítimos, aeroportos, rodovias etc. O ponto final do mapeamento é o destino das cargas, nos diversos portos marítimos.

Juntadas as partes, monta-se o todo: mapas microrregionais identificando os principais gargalos

***

Seguindo a lógica de Eliezer, o trabalho inclui também os países vizinhos com potencial de integração direta: basicamente Guiana Francesa, Guiana, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Bolívia e Panamá.

***

O passo seguinte é juntar os dados, do enorme banco de dados acumulado, e calcular o custo total de transporte dos principais eixos da origem até o destino final, em Rotterdam e Shanghai. Depois, estimar os custos dos eixos potenciais.

Exemplo das diferenças levantadas, no caso do Granel Sólido Agrícola mato-grossense até Rotterdam:

Eixos atuais:

Rodoferroviário até Santos (Ferronorte): custo de R$ 193/tonelada.

Rodoviário até Santos: R$ 226/t

Rodo-hidroviário até Itacoatiara: R$ 190/t

Eixos potenciais:

Ferroviário até São Luiz (Norte-Sul via Ribeirão Cascalheira): R$ 165/t

Rodo-hidroviário até Vila do Conde (via Cachoeira Rasteira): R$ 142/t

Rodo-hidroviário até Vila do Conde (via Porto dos Gaúchos): R$ 120/t

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O trabalho permite visualizar os ganhos maiúsculos de competitividade devido ao fator logístico. Mas permite, também, identificar as obras prioritárias: são aquelas que possibilitam chegar ao menor preço nos portos europeus e asiáticos.

É essa visão sistêmica que deveria ser adotado no novo Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI).

No Seminário Brasilianas sobre Logística, o consultor Renato Pavan, da Macrologística, descreveu magistralmente a metodologia a ser utilizada na definição de um plano integrado para o setor. Contratado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), Pavan montou o projeto Norte Competitivo.

Os vídeos do seminário podem ser acessados aqui: http://migre.me/aoAY7.

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A Fase 1 do trabalho consiste no mapeamento das vias de transporte. Prepara-se o projeto, detalham-se as cadeias produtivas da região. Depois, montam-se os macro fluxos atuais e os projetados e compara-os com a infraestrutura existente. Essa comparação permite identificar os gargalos da infraestrutura.

A Fase 2 trabalha os Eixos de Transporte. Identifica todos os eixos e projetos. Depois, define as prioridades (aqueles que oferecem menores custos até os portos europeus e asiáticos). Finalmente, desenvolve um plano e cronograma de implementação.

Na Fase 3, trabalha os chamados Eixos de Desenvolvimento. Seguindo as lições de Eliezer Baptista – de quem foi braço direito em inúmeros projetos -, analisa-se o ambiente econômico de forma integrada.

Identifica os micro-eixos alimentadores de carga; o Plano de Desenvolvimento Industrial para cada região; a oferta de energia; a telemática e a capacitação profissional necessária.

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As cadeias produtivas são mapeadas de acordo com três critérios: cadeias da balança comercial com maior volume movimentado; cadeias mais relevantes na balança comercial da região; cadeias mais relevantes de termos de fluxos.

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O mesmo grau de minúcia é observado no mapeamento da infraestrutura atual, as dutovias, os portos fluviais e terminais públicos e privados, os portos marítimos, aeroportos, rodovias etc. O ponto final do mapeamento é o destino das cargas, nos diversos portos marítimos.

Juntadas as partes, monta-se o todo: mapas microrregionais identificando os principais gargalos

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Seguindo a lógica de Eliezer, o trabalho inclui também os países vizinhos com potencial de integração direta: basicamente Guiana Francesa, Guiana, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Bolívia e Panamá.

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Exemplo das diferenças levantadas, no caso do Granel Sólido Agrícola mato-grossense até Rotterdam:

Eixos atuais:

Rodoferroviário até Santos (Ferronorte): custo de R$ 193/tonelada.

Rodoviário até Santos: R$ 226/t

Rodo-hidroviário até Itacoatiara: R$ 190/t

Eixos potenciais:

Ferroviário até São Luiz (Norte-Sul via Ribeirão Cascalheira): R$ 165/t

Rodo-hidroviário até Vila do Conde (via Cachoeira Rasteira): R$ 142/t

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É essa visão sistêmica que deveria ser adotado no novo Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI).

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