A Comissão de Valores Mobiliários acatou o pedido do banco BTG para suspender a determinação inicial de que o fundo imobiliário Maxi Renda monte balanço pelo critério de competência, e não de caixa, como vem fazendo, o que significaria apurar prejuízo, reduzir o valor das cotas e suspender o pagamento de dividendos. O colegiado da CVM, por unanimidade, entendeu que as implicações da decisão inicial poderiam afetar não só o Maxi Renda, maior fundo imobiliário do País, com 500 mil cotistas, mas se espraiar por todos os FII. Assim, o xerife do mercado vai estudar as ponderações do BTG antes de bater o martelo, devendo também estabelecer uma regra geral. Ao comentar o caso, a Genial Investimentos ressaltou que “essa discussão é superimportante e deve ser o começo de uma padronização na contabilidade dos fundos, que hoje é pauta de muita discussão entre gestores, analistas e investidores”. Para Marcos Baroni, especialista em FII da Suno Research, “a CVM está certa em colocar um pouco a lupa em relação ao MXRF11. O problema está em 2019, em que o Maxi Renda teve lucro de 85 milhões de reais e um rendimento apropriado de 109 milhões” disse ele, em live, acrescentando que a questão, agora, é a possível futura consequência para outros fundos.
A OI FATIADA
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