Economia

Campos Neto elogia postura de Lula em reunião: Dedica mais tempo e tem mais paciência que Bolsonaro

Em entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, o presidente do Banco Central avaliou a postura do petista no encontro da semana passada, em Brasília

Foto: Reprodução
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dedicou parte de sua entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, para fazer um novo aceno ao presidente Lula (PT). Os dois se encontraram pela primeira vez na semana passada e iniciaram, nas palavras do ministro Fernando Haddad, ‘a construção de uma relação’.

Sobre o encontro, Campos Neto elogiou a postura do petista de ouvir com atenção o que ele tinha para dizer. Na resposta, o banqueiro chegou a fazer uma comparação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é um aliado.

“O Lula gasta mais tempo prestando atenção no que você fala. Ele dedica mais tempo, tem mais paciência para as conversas. Bolsonaro era mais rápido. Eu sempre sabia que quando tinha uma conversa com Bolsonaro, eu tinha três minutos para falar alguma coisa. Depois dos três minutos ficaria mais difícil, porque ele ficava mais disperso”, avaliou Campos Neto no programa exibido na madrugada desta terça-feira 3.

A resposta chamou a atenção de Bial, que classificou como ‘elogiosa’ a Lula e ‘não tão elogiosa’ a Bolsonaro. Campo Neto não discordou e aproveitou o momento para tentar distanciar sua imagem da do ex-capitão.

“Bolsonaro sempre me deu toda liberdade, nunca tive nenhum problema. Nunca ligou pra reclamar de nada. Nunca interferiu em nada, zero. A gente, às vezes, escuta muito ‘ah, presidente autoritário’. Eu não era tão próximo, mas no que tangia ao meu trabalho, eu sempre tive liberdade total”, disse o presidente do BC.

Na entrevista exibida em rede nacional, Campos Neto evitou dar detalhes do que teria tratado com Lula nesta primeira reunião. Ele usou este tempo para fazer também um aceno a Haddad, com quem tem mantido diálogo no governo federal.

“É um governo que, por construção, tem pessoas que pensam de forma diferente que estão tentando chegar em um lugar comum: melhorar a vida dos brasileiros. Obviamente não vamos pensar igual em tudo, mas estamos bem alinhados. E, na verdade, sempre estivemos bem alinhados”, respondeu ao jornalista sobre o ministro da Fazenda.

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