Câmara aprova Auxílio Brasil por R$ 400, e novo valor será permanente

Texto foi aprovado por ampla maioria (418 votos a sete), após governo abrir mão de caráter provisório da medida

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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Por 418 votos a sete, a Câmara aprovou nesta quarta-feira a Medida Provisória (MP) que estabeleceu R$ 400 como valor mínimo para o programa Auxílio Brasil. Para garantir acordo, o ex-ministro João Roma (PL-BA), relator da matéria, incluiu de última hora uma alteração para que o benefício tenha caráter permanente. O texto segue agora para o Senado.

Inicialmente, a proposta do governo sugeria que o programa durasse apenas até 31 de dezembro deste ano. Depois, o valor era uma incógnita, o que provocou críticas de oposicionistas que acusaram a medida de ser ‘eleitoreira’.

Roma acatou a sugestão do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para tornar permanente o “benefício extraordinário”.

De acordo com a emenda, os benefícios do Auxílio Brasil custarão R$ 47 bilhões por ano. Esse gasto “extraordinário”, que agora será incorporado ao programa, custará mais R$ 41 bilhões.

— Entendemos que essa providência será um marco no aprimoramento da política de combate à pobreza e ao desenvolvimento da renda básica — alegou Roma, ao anunciar que incorporou a mudança.

Representando a oposição, o deputado Afonso Florence (PT-BA) disse que considera o resultado uma vitória da oposição pelo caráter permanente da medida, mas acrescentou que considerava R$ 600 um valor mais adequado.


Ainda assim, Florence recomendou voto favorável à matéria.

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