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Cai não cai

Balançando no comando da companhia, Jean Paul Prates terá de lutar para reconquistar a confiança de Lula

Imagem: Tomaz Silva/ABR
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A demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, antes tida como certa, parecia ter entrado em compasso de espera na terça-feira 9, enquanto circulava a informação de que se teria chegado a uma solução de compromisso para pôr fim à ­disputa pelos 43,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários anunciados pela estatal há um mês. Nos termos ainda não confirmados de uma deliberação que envolveu os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, mas excluiu Prates, metade da bolada seria distribuída aos acionistas e o restante direcionado a investimentos da companhia, destinados a recuperar sua capacidade produtiva dinamitada nos governos Temer e Bolsonaro.

Cabe destacar que o acordo espelha a posição defendida em março pelo próprio Prates, de distribuição de metade dos dividendos extraordinários aos acionistas, mas o Conselho de Administração, com maioria composta de integrantes ligados a Silveira, decidiu naquele momento não fazer nenhum repasse aos detentores de ações. Na sexta-feira 4, Prates não participou das reuniões do colegiado e da diretoria e procurou contato direto com Lula, que não o atendeu. Após a tentativa frustrada, passou a fazer divulgações em massa das próprias realizações à frente da empresa. Lula também deixou claro, segundo o noticiário, não ter gostado da iniciativa do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, até então o principal nome cogitado para substituir Prates, de procurar diretamente o presidente da Petrobras, sem antes consultá-lo.

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