Café dispara 57%, gasolina sobe 42% e mais: os ‘vilões’ da inflação brasileira, a 3ª mais alta do G-20

Oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE subiram em janeiro, com destaque para as altas de Artigos de Residência (1,82%)

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. Foto: Marcos Corrêa/PR

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O IPCA, índice oficial que mede a inflação no Brasil, ficou em 0,54% em janeiro, a taxa mais elevada para o mês desde 2016. Em 12 meses, a alta acumulada chega a 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses anteriores. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira 9 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Segundo levantamento da Trading Economics, plataforma que analisa os dados históricos e as projeções de quase 200 países, o Brasil continua com a terceira mais alta inflação do G20 (à frente apenas de Argentina e Turquia) e com a sexta mais elevada de todo o continente americano (piores, só as taxas de Venezuela, Cuba, Suriname, Argentina e Haiti).

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram em janeiro, com destaque para as altas de Artigos de Residência (1,82%), Alimentação e Bebidas (1,11%), Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%). O único grupo em queda foi o de Transportes (-0,11%), que havia subido 0,58% em dezembro.

Alguns produtos, porém, pesam muito mais no bolso dos brasileiros. Nos 12 meses até janeiro, o café moído disparou 56,87% – nenhum item subiu mais no período. Apenas em janeiro, a elevação foi de 4,75%.

No acumulado em 12 meses, outro seis produtos subiram mais de 40%, incluindo combustíveis: o etanol (54,95%), o óleo diesel (45,72%) e a gasolina (42,71%). Entram na lista, ainda, o mamão (46,19%), o açúcar refinado (44,30%) e o pepino (43,33%).

Também impactam as contas da população o gás de botijão (31,78%), a energia elétrica residencial (27,02%) e o transporte por aplicativo (24,81%)


Em janeiro, na comparação com dezembro, ainda chama a atenção a disparada dos preços da cenoura (27,64%) e da cebola (12,43%).

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