Economia

Brasil tem recorde de fusões e aquisições em 2011

Em meio à crise internacional, compras de empresas nacionais e sediadas no País por investidores estrangeiros cresceram 19% em relação a 2010

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Em meio à crise econômica mundial, 2011 registrou recorde no número de fusões e aquisições envolvendo, de forma direta ou indireta, empresas brasileiras. Um estudo da consultoria internacional KPMG mostra que no último ano foram concretizadas 817 operações deste tipo, um aumento de 12,5% em comparação a 2010.

Júlio Sérgio Gomes de Almeida, doutor em economia e consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), enxerga o aumento em operações deste tipo como uma ação estratégica de posicionamento no mercado brasileiro, seja por empresas nacionais ou estrangeiras. “O Brasil possui uma perspectiva positiva de crescimento do mercado interno, razão pela qual esse processo de consolidação empresarial tende a ocorrer.”

Segundo o levantamento, os negócios entre empresas controladas por capital brasileiro somaram 410 operações, um aumento de 23% em relação a 2010. “A concorrência global acontece entre grandes empresas e, por isso, uma companhia de médio porte muitas vezes precisa optar por uma fusão para sobreviver em um mercado altamente competitivo”, destaca Antônio Correa Lacerda, doutor em ciência econômica.

As empresas de capital estrangeiro investiram 19% a mais na compra de companhias brasileiras estabelecidas no País em 2011, com 208 negócios fechados. Um cenário que pode ser explicado, além de um mercado interno promissor e da fuga da incerteza nos países desenvolvidos, pela disponibilidade de capital para investimento das empresas do exterior. “EUA e Europa não vivem uma crise empresarial, por isso as grandes companhias possuem recursos para aplicar fora de seu território”, diz Almeida.

Por outro lado, se a crise não afetou os planos de investimento das multinacionais no Brasil, abalou as transações de internacionalização das empresas nacionais, que caíram 14%. O mesmo ocorreu com a compra de companhias de capital estrangeiro no  País por empresas nacionais, com queda de 17%. “Existem boas perspectivas de aquisição no exterior, mas as empresas brasileiras também apostam mais no mercado interno”, aponta o consultor do IEDI.

Lacerda destaca, porém, que o movimento de internacionalização das empresas brasileiras é um processo contínuo e deve ser retomado “assim que o quadro internacional melhorar.”

O estudo ainda traz o ranking dos setores que mais registraram fusões e aquisições. O setor de Tecnologia da Informação aparece como líder, seguido por Telecomunicações e Mídia e imobiliário.

Os dados levam em conta operações anunciadas e concluídas entre 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2011.

Em meio à crise econômica mundial, 2011 registrou recorde no número de fusões e aquisições envolvendo, de forma direta ou indireta, empresas brasileiras. Um estudo da consultoria internacional KPMG mostra que no último ano foram concretizadas 817 operações deste tipo, um aumento de 12,5% em comparação a 2010.

Júlio Sérgio Gomes de Almeida, doutor em economia e consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), enxerga o aumento em operações deste tipo como uma ação estratégica de posicionamento no mercado brasileiro, seja por empresas nacionais ou estrangeiras. “O Brasil possui uma perspectiva positiva de crescimento do mercado interno, razão pela qual esse processo de consolidação empresarial tende a ocorrer.”

Segundo o levantamento, os negócios entre empresas controladas por capital brasileiro somaram 410 operações, um aumento de 23% em relação a 2010. “A concorrência global acontece entre grandes empresas e, por isso, uma companhia de médio porte muitas vezes precisa optar por uma fusão para sobreviver em um mercado altamente competitivo”, destaca Antônio Correa Lacerda, doutor em ciência econômica.

As empresas de capital estrangeiro investiram 19% a mais na compra de companhias brasileiras estabelecidas no País em 2011, com 208 negócios fechados. Um cenário que pode ser explicado, além de um mercado interno promissor e da fuga da incerteza nos países desenvolvidos, pela disponibilidade de capital para investimento das empresas do exterior. “EUA e Europa não vivem uma crise empresarial, por isso as grandes companhias possuem recursos para aplicar fora de seu território”, diz Almeida.

Por outro lado, se a crise não afetou os planos de investimento das multinacionais no Brasil, abalou as transações de internacionalização das empresas nacionais, que caíram 14%. O mesmo ocorreu com a compra de companhias de capital estrangeiro no  País por empresas nacionais, com queda de 17%. “Existem boas perspectivas de aquisição no exterior, mas as empresas brasileiras também apostam mais no mercado interno”, aponta o consultor do IEDI.

Lacerda destaca, porém, que o movimento de internacionalização das empresas brasileiras é um processo contínuo e deve ser retomado “assim que o quadro internacional melhorar.”

O estudo ainda traz o ranking dos setores que mais registraram fusões e aquisições. O setor de Tecnologia da Informação aparece como líder, seguido por Telecomunicações e Mídia e imobiliário.

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