Economia
BNDES vai desembolsar 55 bilhões para ajudar empresas na crise
Governo anunciou medidas para responder a epidemia de coronavírus
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um pacote de 55 bilhões de reais para salvar empresas e manter mais de dois milhões de empregos. A medida foi anunciada pelo presidente do banco, Gustavo Montezano, neste domingo 22, como resposta à pandemia de coronavírus. O dinheiro será destinado a 150 mil empresas, que têm 2 milhões de funcionários.
São quatro providências com duração de seis meses: 20 bilhões de reais virão da transferência de recursos do Fundo Pis/Pasep para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a ser gerido pelo Ministério da Economia; 19 bilhões da suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos diretos para empresas; 11 bilhões em standstill de financiamentos indiretos para empresas; e 5 bilhões com a ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas por meio de bancos parceiros.
O BNDES também suspendeu a cobrança de empréstimos por um semestre. Serão atendidos os setores de petróleo e gás, portos, aeroportos, energia, transporte, mobilidade urbana, saúde, indústria e comércio e serviços, num total de 30 bilhões de reais, sendo 19 bilhões para operações diretas e 11 bilhões para indiretas.
“Nós estamos ampliando a nossa oferta de crédito para pequena e média empresa. Da micro a empresas com até 300 milhões de faturamento anual poderão ter acesso ao Capital de Giro BNDES, via repassador financeiro. O banco tem esse caixa disponível, financiando em até 5 anos, com 2 anos de carência, e o limite máximo é de 70 milhões de reais para cada tomador”, afirmou Montezano.
O presidente do BNDES defendeu ainda o encaminhamento do pacto federativo e do Plano Mansueto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também já defendeu as medidas reiteradas vezes. Nos últimos dias, Guedes anunciou a injeção de 150 bilhões de reais.
Na última semana, o governo federal derrubou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020. No ano passado, o Brasil apresentou um “PIBinho” de 1,1%. Para este ano, o Ministério da Economia estimava crescimento de 2,1%, mas a crise do coronavírus fez a previsão despencar para 0,02%.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.