CartaExpressa

BNDES não é estatal dependente, decide o TCU

O entendimento abre caminho para que a instituição oferte salários acima do teto constitucional

BNDES não é estatal dependente, decide o TCU
BNDES não é estatal dependente, decide o TCU
Entregaram o ouro. Sachsida e Guedes ganharam um prêmio de consolação. Cedraz e os demais colegas do TCU ignoraram os alertas de Vital do Rêgo - Imagem: Leopoldo Silva/Ag.Senado, Arquivo TCU e Edu Andrade/ME
Apoie Siga-nos no

Os ministros do Tribunal de Contas da União decidiram que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, não é uma estatal dependente, abrindo caminho para que a instituição oferte salários acima do teto constitucional.

Uma estatal é considerada dependente quando recebe recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O entendimento foi fixado durante a sessão plenária do TCU desta quarta-feira 2. Os ministros seguiram o voto do relator Bruno Dantas. Ele se manifestou de forma contrária ao que defendia a área técnica do tribunal: pelo fluxo de receitas, o BNDES deveria ser considerada uma entidade dependente.

“Embora receba aportes da União, os recursos não são utilizados para financiar despesas operacionais ou de pessoal da instituição. Os valores são integralmente usados para promoção de políticas públicas”, rebateu Dantas.

O teto do funcionalismo é limitado pela Constituição com base nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, atualmente em 46,3 mil reais. O banco, contudo, estava ofertando salários de 60 mil, conforme a ação que motivou a discussão no TCU.

Ao defender que o BNDES ficasse fora do teto, Dantas ainda disse que os dados da estatal chefiada por Aloizio Mercadante “contribui substancialmente para o equilíbrio fiscal do País”. No ano passado, segundo o relator, quase 30 bilhões em dividendos foram repassados pelo banco à União.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo