Economia
BC leiloará US$ 4 bilhões de reservas internacionais para segurar o dólar
A moeda fechou abaixo de 6 reais pela primeira vez em duas semanas
Além de elevar os juros básicos em 1 ponto percentual, o Banco Central intervirá no câmbio pela primeira vez em quase um mês para segurar a alta do dólar. A autoridade monetária leiloará nesta quinta-feira 12 até 4 bilhões de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando o dinheiro é comprado de volta às reservas meses mais tarde.
Segundo comunicado emitido no início da noite pelo BC, a autoridade monetária fará dois leilões de até 2 bilhões de dólares durante a manhã. As operações de recompra ocorrerão em 4 de fevereiro de 2025 para o dinheiro vendido no primeiro leilão e em 2 de abril de 2025 para o dinheiro vendido no segundo leilão.
A última vez em que o BC interveio no mercado de câmbio foi em 13 de novembro, quando também vendeu 4 bilhões de dólares das reservas internacionais. Na ocasião, o leilão também ocorreu na modalidade de leilões de linha, como se chamam as vendas com compromisso de recompra.
O último leilão à vista, em que o BC se desfez de parte das reservas internacionais sem recomprar os recursos, ocorreu em 30 de agosto. Na ocasião, a autoridade monetária vendeu 1,5 bilhão de dólares.
Apesar da instabilidade dos últimos dias, a moeda norte-americana fechou com queda expressiva nesta quarta-feira 12.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a 5,968 reais, com queda de 1,3%, em meio a expectativas com a alta da Taxa Selic (juros básicos da economia) e de preocupações com a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa foi a primeira vez em duas semanas em que a cotação fechou abaixo dos 6 reais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Copom acelera alta e leva Selic a 12,25% ao ano, a 2ª maior taxa real de juros no mundo
Por CartaCapital
Nova alta na Selic gera um gasto adicional de R$ 55 bilhões para a União, aponta estudo
Por CartaCapital
Brasil deve ter a Selic mais alta em 8 anos no início de 2025
Por CartaCapital



