Economia

Azul entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

Companhia tem mais de US$ 2 bilhões em dívidas e poderá receber aportes no futuro

Azul entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
Azul entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea Azul. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A empresa Azul Linhas Aéreas entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A medida, conhecida como Chapter 11 no país norte-americano, foi comunicada pela própria Azul nesta quarta-feira 28.

Segundo a companhia, o pedido de recuperação judicial poderá eliminar mais de 2 bilhões de dólares em dívidas. Além disso, a ideia é que seja feita uma reestruturação de 1,6 bilhão de dólares em financiamento. A Azul também pretende obter 950 milhões de dólares em novos aportes de capital. 

A empresa justificou o pedido de recuperação por uma série de fatores, como os efeitos da pandemia de Covid-19, a alta nos preços do combustível de aviação (QAV) e a desvalorização do real diante do dólar.

Assim, os contratos indexados à moeda norte-americano acabaram se tornando mais custosos para a Azul. O cenário inflacionário no mundo teria reduzido as margens operacionais da companhia aérea, que também se viu pressionada pelo aumento das taxas de juros.

Como o pedido foi feito nos Estados Unidos, a Azul poderá lançar mão de uma ferramenta conhecida como Debtor-in-Possession Financing (DIP Financing), que serve para obter um financiamento prioritário. Na prática, a empresa poderá, por decisão judicial, obter liquidez durante o processo de recuperação. Essa é uma forma de não deixar de operar. 

No futuro, a ideia da Azul é obter aportes da United Airlines e da American Airlines. Essa informação foi repassada em comunicado ao mercado feito pela companhia. A United, por exemplo, tem 2,08% das ações preferenciais da Azul, e poderia realizar um investimento da ordem de 300 milhões de dólares.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo