Economia
Após Remessa Conforme, arrecadação por compras internacionais cresce 40%
Volume arrecadado chegou a quase R$ 3 bilhões no ano passado, apesar da queda de 11% nas remessas de produtos vindas do exterior


O número de encomendas feitas por brasileiros ao exterior caiu em 2024, na comparação com 2023. APesar disso, o País bateu recorde de arrecadação no setor. Segundo dados da Secretaria da Receita Federal, divulgados nesta quarta-feira 29, a queda nas encomendas internacionais foi de 11%, enquanto a alta com o recolhimento de impostos foi de 40%.
O governo recolheu 2,98 bilhões de reais, um recorde histórico, contra 1,98 bi do ano anterior. No ano passado, segundo o órgão, os brasileiros compraram 187,12 milhões de reais de mercadorias no exterior. Em 2023, o montante fechou em 209,58 milhões de mercadorias.
Ainda segundo a Receita, a grande maioria das importações (91,5%) foi feita por meio do Programa Remessa Conforme, o que representou mais de 171 milhões declarações de importações registrada começou
Instituído, em 2023, o programa serviu para regularizar a tributação sobre a importação de mercadorias, uniformizando a aplicação de tributos sobre pequenas compras, de até 50 dólares, em sites chineses como o AliExpress e a Shein. Popularmente, a medida ficou conhecida como ‘taxa das blusinhas’.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Arrecadação federal bate recorde com 2,6 trilhões em 2024
Por CartaCapital
Empresas têm até 31 de janeiro para quitar dívidas e retornar ao Simples Nacional
Por CartaCapital