Economia
André Roncaglia será o novo diretor-executivo do Brasil no FMI
Economista indicado pelo Ministério da Fazenda para o posto é professor da Unifesp, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV) e colunista de CartaCapital
O economista André Roncaglia será o próximo diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). A indicação foi confirmada pelo Ministério da Fazenda nesta quarta-feira 14.
Roncaglia deve assumir o posto ao final de agosto, quando Afonso Bevilaqua retorna ao Brasil. Bevilaqua era o diretor-executivo no FMI desde 2019 e, segundo a Fazenda, deixa o posto após ‘ter manifestado ao ministro Fernando Haddad a intenção de voltar ao País’.
Nos bastidores, no entanto, a troca de Bevilaqua era cogitada desde o ano passado, quando foi alvo de reclamações do ex-presidente da Argentina, Alberto Fernandez, por, supostamente, dificultar as medidas em prol do país na instituição.
O novo diretor tem formação em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), instituição pela qual também se tornou mestre. Depois, Roncaglia tornou-se doutor em Economia do Desenvolvimento pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Profissionalmente, André Roncaglia é professor Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia, ligado à Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) e colunista de CartaCapital.
O diretor brasileiro no FMI, importante citar, representa também um bloco de países, entre eles Cabo Verde, Equador, Guiana, Suriname, Haiti, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Timor Leste, Trinidad e Tobago.
O Brasil, na figura do presidente Lula (PT), tem defendido reformas no FMI com foco na ampliação da representatividade da instituição. Em um encontro recente entre o brasileiro e a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, Lula citou a posição:
Boa conversa com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sobre desenvolvimento com inclusão social e a retomada da redução da pobreza no mundo. Também falamos da necessária reforma do FMI, para termos um Fundo Monetário Internacional mais representativo do mundo atual e… pic.twitter.com/0ronjdwBjv
— Lula (@LulaOficial) March 4, 2024
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