Economia
Aliança entre GM e PSA torna o mercado mais competitivo
Pacto entre a gigante americana e as francesas Peugeot e Citroen ajuda empresas no contexto atual de crise


A aliança estratégica firmada entre a General Motors e o grupo PSA Peugeot Citroën, na última semana, gerou rumores de concentração de mercado. Mas isso está longe de acontecer, entende o professor de fusões e aquisições da FGV, Oscar Malvessi. “Este tipo de operação tem ocorrido há muito tempo entre as indústrias do setor. O objetivo é fortalecer e otimizar os serviços das duas companhias, o que não quer dizer que isso diminuirá a concorrência no setor”, diz.
O professor relembra que indústrias automobilísticas relativamente novas nos mercados mundiais, como as chinesas (JAC Motors e Chery) e as sul-coreanas (Kia Motors e Hyundai), vêm ganhando espaço com inovações tecnológicas, desenhos arrojados, preços atrativos e estratégias de marketing. “A aliança se configura em um cenário de aumento da competição internacional e está muito mais relacionada à sobrevivência das empresas do que à dominação do mercado”, defende Malvessi.
Muito fortes em mercados desenvolvidos, a GM e a PSA não poderiam se aliar em momento mais necessário. Com os Estados Unidos e União Europeia em recessão e com grande reserva ociosa de automóveis, a aliança permitirá às companhias otimizar seus recursos e utilizar suas instalações em sinergia para não acumular mais prejuízos nestes mercados. Além de investir em pesquisa e desenvolvimento de forma conjunta.
Já se escuta do chefe da PSA, Phillipe Varin, em compartilhamento de linhas de montagem, enquanto um jornal alemão aponta até a plataforma que seria aproveitada para novos modelos médios da aliança — a do Insignia, premiado sedã da Opel, subsidiária da GM.
Isso indica que, embora as empresas não tenham passado por um processo de fusão – união de companhias de tamanho parecido – ou de aquisição – compra de uma empresa -, as companhias terão produtos relativamente parecidos. Teoricamente competidoras entre si, espera-se que seus produtos usem os mesmos motores, transmissões e demais partes. Com diferenças apenas nas cascas e no status do veículo. “Após a aliança, provalvelmente as duas companhias dividirão entre si parcelas do mercado. Isso acontece com a diferenciação do design do produto e do posicionamento que a marca vai escolher ter no mercado, por meio do marketing”, diz Malvessi.
No Brasil, a PSA já age desta maneira, mantendo a Citroën e Peugeot como rivais, enquanto outro grupo formado pela Hyundai e Kia brigam até na publicidade.
A aliança estratégica firmada entre a General Motors e o grupo PSA Peugeot Citroën, na última semana, gerou rumores de concentração de mercado. Mas isso está longe de acontecer, entende o professor de fusões e aquisições da FGV, Oscar Malvessi. “Este tipo de operação tem ocorrido há muito tempo entre as indústrias do setor. O objetivo é fortalecer e otimizar os serviços das duas companhias, o que não quer dizer que isso diminuirá a concorrência no setor”, diz.
O professor relembra que indústrias automobilísticas relativamente novas nos mercados mundiais, como as chinesas (JAC Motors e Chery) e as sul-coreanas (Kia Motors e Hyundai), vêm ganhando espaço com inovações tecnológicas, desenhos arrojados, preços atrativos e estratégias de marketing. “A aliança se configura em um cenário de aumento da competição internacional e está muito mais relacionada à sobrevivência das empresas do que à dominação do mercado”, defende Malvessi.
Muito fortes em mercados desenvolvidos, a GM e a PSA não poderiam se aliar em momento mais necessário. Com os Estados Unidos e União Europeia em recessão e com grande reserva ociosa de automóveis, a aliança permitirá às companhias otimizar seus recursos e utilizar suas instalações em sinergia para não acumular mais prejuízos nestes mercados. Além de investir em pesquisa e desenvolvimento de forma conjunta.
Já se escuta do chefe da PSA, Phillipe Varin, em compartilhamento de linhas de montagem, enquanto um jornal alemão aponta até a plataforma que seria aproveitada para novos modelos médios da aliança — a do Insignia, premiado sedã da Opel, subsidiária da GM.
Isso indica que, embora as empresas não tenham passado por um processo de fusão – união de companhias de tamanho parecido – ou de aquisição – compra de uma empresa -, as companhias terão produtos relativamente parecidos. Teoricamente competidoras entre si, espera-se que seus produtos usem os mesmos motores, transmissões e demais partes. Com diferenças apenas nas cascas e no status do veículo. “Após a aliança, provalvelmente as duas companhias dividirão entre si parcelas do mercado. Isso acontece com a diferenciação do design do produto e do posicionamento que a marca vai escolher ter no mercado, por meio do marketing”, diz Malvessi.
No Brasil, a PSA já age desta maneira, mantendo a Citroën e Peugeot como rivais, enquanto outro grupo formado pela Hyundai e Kia brigam até na publicidade.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.