Economia
Agropecuária em baixa segura crescimento do PIB
Setor cai 7,3% no primeiro trimestre, com influencia da soja
O fraco desempenho do setor agropecuário no PIB do primeiro trimestre de 2012 surpreendeu os analistas de mercado. O crescimento de 0,2% da economia brasileira na comparação com os últimos três meses do ano passado, anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 1º, foi prejudicado pela queda de 7,3% do setor no período. Mesmo assim, esse resultado é um pouco melhor que o desempenho do setor em relação ao primestre de 2011, quando caiu 8,5%.
Alguns produtos da lavoura, que possuem safra relevante neste período do ano, registraram queda nas estimativas de produção anual e produtividade. É o caso da soja, que teve queda de 11,4%, e arroz, com crescimento negativo de 13,8%.
“A agropecuária, que no ano passado teve um período muito bom, este ano está sofrendo com problemas climáticos, como a estiagem no Sul e no Nordeste. Isso prejudicou muito, por exemplo, a safra, que tem um peso muito grande nas contas do Brasil”, disse a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A soja é o caso mais apreensivo por sofrer o impacto das quedas na exportação e responder sozinha por 20% do PIB da agropecuária. “A venda para o exterior já sente o impacto do ritmo do crescimento chinês, porque essa produção está muito mais ligada ao mercado externo e os chineses são grandes compradores do produto”, explica Amir Khair, ex-secretário de Finanças em São Paulo e especialista em contas públicas.
Para Manuel Enriquez Garcia, presidente do Conselho Regional de Economia-SP e da Ordem dos Economistas do Brasil, a queda no preço das commodities e as restrições de produção são responsáveis pelo cenário negativo do setor, que “vinha muito forte e sustentando o crescimento” do País. “Quando se planta menos, é devido a algum fator doméstico de quebra de safra ou externo de compra menor”, diz. “Significa que o não foi plantado ocorreu por fatores de clima, porque estas decisões são tomadas meses atrás. Há também grande parte [das exportações para] a China e os especuladores que especularam menos nos mercados futuros.”
*Com informações Agência Brasil.
O fraco desempenho do setor agropecuário no PIB do primeiro trimestre de 2012 surpreendeu os analistas de mercado. O crescimento de 0,2% da economia brasileira na comparação com os últimos três meses do ano passado, anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 1º, foi prejudicado pela queda de 7,3% do setor no período. Mesmo assim, esse resultado é um pouco melhor que o desempenho do setor em relação ao primestre de 2011, quando caiu 8,5%.
Alguns produtos da lavoura, que possuem safra relevante neste período do ano, registraram queda nas estimativas de produção anual e produtividade. É o caso da soja, que teve queda de 11,4%, e arroz, com crescimento negativo de 13,8%.
“A agropecuária, que no ano passado teve um período muito bom, este ano está sofrendo com problemas climáticos, como a estiagem no Sul e no Nordeste. Isso prejudicou muito, por exemplo, a safra, que tem um peso muito grande nas contas do Brasil”, disse a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A soja é o caso mais apreensivo por sofrer o impacto das quedas na exportação e responder sozinha por 20% do PIB da agropecuária. “A venda para o exterior já sente o impacto do ritmo do crescimento chinês, porque essa produção está muito mais ligada ao mercado externo e os chineses são grandes compradores do produto”, explica Amir Khair, ex-secretário de Finanças em São Paulo e especialista em contas públicas.
Para Manuel Enriquez Garcia, presidente do Conselho Regional de Economia-SP e da Ordem dos Economistas do Brasil, a queda no preço das commodities e as restrições de produção são responsáveis pelo cenário negativo do setor, que “vinha muito forte e sustentando o crescimento” do País. “Quando se planta menos, é devido a algum fator doméstico de quebra de safra ou externo de compra menor”, diz. “Significa que o não foi plantado ocorreu por fatores de clima, porque estas decisões são tomadas meses atrás. Há também grande parte [das exportações para] a China e os especuladores que especularam menos nos mercados futuros.”
*Com informações Agência Brasil.
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