Agência DBRS segue a Fitch e eleva a nota de crédito do Brasil

Em junho, a agência S&P decidiu reavaliar a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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A agência de classificação de risco DBRS Morningstar elevou nesta sexta-feira 28 a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com tendência estável. Na quarta-feira 26, a Fitch Ratings havia tomado a mesma decisão.

A DBRS ressaltou a queda nos riscos das perspectivas fiscais do País. Apontou, ainda, as ações do governo federal para incrementar a arrecadação e o impacto do novo arcabouço fiscal para controlar o déficit primário.

Pesou sobre a decisão o fato de o governo apostar no arcabouço para zerar o déficit em 2024 e gerar um superávit de 1% do PIB em 2026. O texto do novo marco fiscal deve ser votado pela Câmara em agosto, após o recesso legislativo.

“Em nossa opinião, mesmo que as metas primárias não sejam alcançadas, o novo quadro sinaliza que os resultados fiscais continuarão melhorando durante o governo Lula”, diz o comunicado.

Segundo a agência, a reforma tributária, já aprovada pela Câmara e sob análise do Senado, pode melhorar as pespectivas de crescimento no longo prazo.

“Além disso, a credibilidade do sistema de metas de inflação do Banco Central foi fortalecida por meio de mudanças institucionais e um histórico sólido.”


Uma nova elevação na nota de crédito do Brasil pode ocorrer se o governo avançar com um ajuste fiscal estrutural que melhore a dinâmica da dívida pública, de acordo com a agência. Um enfraquecimento do compromisso com a consolidação fiscal, no entanto, pode rebaixar o rating.

A DBRS Morningstar classifica como “fracas” as perspectivas de crescimento de médio prazo, o que representa um “desafio importante” para o crédito, mas destaca o “impacto cumulativo de reformas econômicas implementadas nas últimas duas administrações”. Ela menciona, por exemplo, “reformas nos mercados de crédito, regulamentações trabalhistas e concessões de infraestrutura”.

Em 14 de junho, a agência S&P decidiu reavaliar a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva.

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