Economia

A projeção de Campos Neto sobre os novos cortes na taxa de juros

A última reunião do Copom marcou a redução de 12,25% para 11,75% na Selic

A projeção de Campos Neto sobre os novos cortes na taxa de juros
A projeção de Campos Neto sobre os novos cortes na taxa de juros
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, projetou que o ritmo de corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, se manterá pelas próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária, no início de 2024.

O índice está em 11,75% ao ano e pode, a se concretizar a previsão de Campos Neto, chegar a 10,75% em março.

“Hoje, com as variáveis que temos, o mais apropriado é o ritmo de corte de 50 pontos [0,5 ponto percentual] nas próximas duas reuniões”, disse o banqueiro, nesta quinta-feira 21. “Em relação ao cenário fiscal, reconhecemos o esforço [do governo] e ele precisa melhorar (…) Mas não existe uma relação mecânica entre fiscal e a queda de juros.”

Segundo Campos Neto, é importante que a gestão Lula (PT) continue a perseguir a meta de zerar o déficit fiscal em 2024, uma bandeira defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e prevista no arcabouço fiscal, aprovado neste ano pelo Congresso Nacional.

Na última terça-feira 19, o Copom divulgou a ata da reunião realizada na semana passada, que marcou a redução de 12,25% para 11,75% na Selic.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz um trecho do documento.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo