O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta segunda-feira 17 sua preocupação com com o fato de a atividade econômica ter recuado quase 2% em maio, na comparação com o mês anterior.
Ele atribuiu o resultado à manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano e voltou a cobrar o Banco Central pelo corte no índice. O Comitê de Política Monetária voltará a se reunir no início de agosto para decidir o futuro da Selic.
“Muito tempo com juro real muito elevado. Estamos preocupados, recebendo muito retorno de prefeitos e governadores sobre arrecadação”, disse o petista. “A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte e precisamos ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10 reais o juro real ao ano. É muito pesado para a economia.”
Considerando o ajuste sazonal, as operações conjuntas da indústria, dos serviços e da agropecuária atingiram em maio o equivalente a 145,59 pontos, contra os 148,56 pontos registrados em abril.
Já os dados sem ajuste sazonal apontam que atividade econômica caiu dos 147,82 pontos em abril para 145,99 em maio. O resultado dessazonalizado, contudo, é 2,15% superior aos 142,92 pontos observados em maio de 2022.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br capta a evolução da atividade econômica no Brasil, empregando uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto. Segundo o próprio BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do País, mas “não é exatamente uma prévia do PIB”.
(Com informações da Agência Brasil)
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login