Economia

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A máquina infernal

Além de prestar serviços e atendimento péssimos, o setor ergue obstáculos e assim represa reclamações

Peso. A falta de autonomia para solucionar reclamações e um histórico de arrocho salarial afetam o atendimento ao consumidor e o trabalho nas teles - Imagem: Luciano Lanes/Prefeitura de Porto Alegre e iStockphoto
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O setor de telecomunicações estreou com atraso, na quarta-feira 6, na tecnologia 5G, da quinta geração da internet móvel, e confirmou a sua condição moderna, mas ao mesmo tempo arcaica, com histórico de péssimo serviço aos usuários, sistema intransponível de atendimento de reclamações e histórico de baixos salários pagos aos seus trabalhadores, documentado pelo Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese. Um caso exemplar de um país cindido “entre o jogo imediatista dos interesses e a solução consciente dos problemas nacionais e da humanidade”, na formulação do economista Francisco de Oliveira. País este que, em sua monstruosidade, assemelha-se ao ornitorrinco, compara Oliveira no livro que leva o nome do animal com bico de pato, pelo em lugar de penas, pés espalmados e rabo achatado.

Considerado indevidamente a joia da coroa das privatizações comandadas por Fernando Henrique Cardoso, o setor de telecomunicações ocupa o pódio em todos os rankings de reclamações. Com 68,8 mil reclamações até a quarta-feira 6, a telefonia celular é o serviço com mais problemas no País neste ano, 11,25% do total, segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, o Sindec, que reúne as informações dos Procon de todos os estados. A telefonia fixa vem em sexto lugar, com 24,9 mil reclamações, ou 4% do total. Serviços e produtos da internet ocupam a oitava posição, com 13,6 mil reclamações ou 2,2%. Em nono e em décimo primeiro lugares aparecem aparelhos celulares, com 12,5 mil registros ou 2%, e televisão por assinatura, com 11,2 mil casos, ou 1,83% do total.

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