Economia

A expectativa do governo para a votação do novo projeto da reforma tributária

A segunda proposta de regulamentação trata do funcionamento do Comitê Gestor do IBS

A expectativa do governo para a votação do novo projeto da reforma tributária
A expectativa do governo para a votação do novo projeto da reforma tributária
Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Foto: Gil Ferreira/Ascom-SR
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou esperar que a Câmara dos Deputados vote nesta semana o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária. Além dele, se reuniram com o presidente Lula (PT) nesta segunda-feira 12 os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Após um recesso de três semanas, os deputados farão um “esforço concentrado”, diante da aproximação da campanha eleitoral nos municípios.

“A nossa avaliação é que está bem encaminhado”, disse Padilha. “Já tem acordo entre os líderes, inclusive no conteúdo, para que a gente possa votar. Vamos trabalhar para votar nesta semana, trabalhar nesta semana, no esforço concentrado, a conclusão da votação do segundo projeto da reforma tributária.”

O destaque da segunda proposta de regulamentação é o funcionamento do Comitê Gestor do IBS.

O Congresso Nacional promulgou a PEC da reforma em dezembro de 2023, mas há uma série de pontos a serem regulamentados por leis complementares. Além de definirem as alíquotas, deputados e senadores terão de balizar os regimes especiais e os tratamentos diferenciados a setores e produtos.

O principal efeito da proposta é a unificação, a partir de 2033, de cinco tributos — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — em uma cobrança única, dividida entre os níveis federal (com a Contribuição sobre Bens e Serviços, CBS) e estadual/municipal (com o Imposto sobre Bens e Serviços, IBS).

O IBS terá uma parcela estadual e outra municipal e será cobrado no local de consumo das mercadorias. Haverá uma alíquota de referência para estados e outra para cidades, mas cada ente poderá definir sua taxa.

As funções do comitê serão de cobrança, fiscalização e distribuição do IBS. O governo federal garante um financiamento de 3,8 bilhões de reais para instalá-lo (em até quatro meses após a aprovação da lei).

O Comitê Gestor do IBS será formado por Conselho Superior, Secretaria-Geral, Assessoria de Relações Institucionais e Interfederativas, Corregedoria, Auditoria Interna e Diretoria-Executiva (composta por nove diretorias).

Caberá ao Congresso definir o modo de indicação. Os integrantes do Conselho devem, porém, “ser cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento em administração tributária”.

Em julho, a Câmara aprovou a primeira proposta de regulamentação da tributária (falta o aval do Senado). O texto define diversos aspectos da cobrança do IBS, da CBS e do Imposto Seletivo (conhecido como Imposto do Pecado).

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