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A chapa esquenta

As mudanças climáticas lideram a lista de preocupações dos especialistas em risco

Imagem: iStockphoto
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Pela primeira vez, o risco climático alcança o topo da lista de preocupações de especialistas em todas as regiões do mundo, assim como do público em geral nos EUA, indica a nona edição do Relatório de Riscos Futuros da seguradora mundial Axa. A pesquisa global, em parceria com o instituto Ipsos e a consultoria Eurasia Group, ouviu 4,5 mil especialistas em risco de 58 países e uma amostra representativa de 20 mil cidadãos em 15 países. Em segundo lugar aparecem os riscos geopolíticos, à frente dos riscos cibernéticos e pandemias, com 95% dos especialistas entrevistados a antecipar tensões diplomáticas persistentes e disseminadas pelo mundo. Como consequência indireta, os riscos relacionados à energia subiram do 17º para o quarto lugar. Também pela primeira vez, especialistas classificam três riscos econômicos entre os dez mais: instabilidade financeira, deterioração macroeconômica e estresse monetário e fiscal. A inflação tornou-se preocupação importante tanto para especialistas quanto para o público em geral. O sentimento de vulnerabilidade permanece em nível elevado: 80% dos entrevistados se consideram mais vulneráveis do que há cinco anos, sensação ainda maior ante as mudanças climáticas e a crise energética.

Imagem: Joe Sterbenc/MFR


BABAÇU SUSTENTÁVEL

Imagem: Alberto César Araújo/ALEAM

A Ecoagro emitiu o primeiro CRA Verde Extrativista de Floresta Nativa de Babaçuais. Foram captados 32 milhões de reais para a Tobasa, bioindústria voltada ao aproveitamento integral e tecnológico do coco de babaçu na Amazônia. Para Moacir Teixeira, sócio fundador da Ecoagro, a emissão auxiliará a conservação da biodiversidade nas florestas nativas de babaçu e o desenvolvimento sustentável em Tocantins. Para Baruque Filho, diretor-presidente da Tobasa, os recursos captados pelo CRA fortalecerão a empresa e vão gerar impacto socioambiental positivo na cadeia agroextrativista de fornecimento do coco.


SENHOR

Imagem: iStockphoto

Gestores financeiros internacionais estão “frustrados e zangados” com a concentração de poderes do presidente Xi Jinping, cujas políticas de Covid-zero e prosperidade para todos, que impacta os maiores grupos econômicos da China, desagradam até aos investidores mais comprometidos com o país, segundo a agência Bloomberg, em comentário sobre a derrocada dos mercados da Ásia, ao fim dos trabalhos do Congresso do Partido Comunista, com perdas de 447 bilhões de dólares. “Obviamente, as perspectivas não são boas para investimentos na China em vista das mudanças políticas”, resumiu o influente investidor global Mark Mobius.


RINGUE

A XP lançou nova campanha contra os bancos, sob o ­título #EuNãoBanco. “Acreditamos que as pessoas precisam de produtos e serviços financeiros que melhorem suas vidas, e nem sempre é isso que as instituições tradicionais oferecem”, destaca Caroline ­Namora, diretora de marketing da XP. O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, reagiu em post no LinkedIn: “Esta instituição financeira é, sim, um banco, mas procura estabelecer alguma distância de seus pares (…) Não nos aproveitamos do que é bom nem, em nome de uma estratégia de marketing, rejeitamos a nós mesmos”.


SOL

A potência instalada de energia solar no País chegou a 21,1 gigawatts no início do mês, equivalente a 10,5% da matriz elétrica, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. De acordo com a entidade, a fonte solar trouxe ao Brasil cerca de 108,6 bilhões de ­reais em novos investimentos, mais de 28,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 630 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 29,9 milhões de toneladas de gás carbônico na geração de eletricidade.

PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1232 DE CARTACAPITAL, EM 2 DE NOVEMBRO DE 2022.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “A chapa esquenta”

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