Economia

93% dos empréstimos consignados do Auxílio Brasil ocorreram entre o 1º e o 2º turnos de 2022, diz CGU

O órgão suspeita de que o volume expressivo de contratos firmados no período signifique uso eleitoral do programa

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/AFP
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Uma nova auditoria sobre a concessão de crédito consignado no Auxílio Brasil, divulgada nesta sexta-feira 22 pela Controladoria-Geral da União, aponta que 93% dos contratos foram firmados entre o primeiro e segundo turnos das eleições de 2022. A suspeita é de possível uso eleitoral do programa em favor do então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.

Segundo o relatório, cerca de 8 milhões de reais foram empregados em descontos indevidos sobre os benefícios concedidos às famílias do extinto programa. Além disso, mais de 5 mil contratos foram celebrados com valores de prestação superiores à margem consignável, de 40% do montante ofertado nos benefícios. Ao menos 56 mil famílias foram impactadas.

A Caixa Econômica Federal, responsável por 83% de todos os contratos de empréstimo, forneceu mais de 7,5 bilhões de reais em crédito para quase três milhões de famílias no período auditado. Destes, 93% foram fechados em outubro de 2022.

A auditoria também apontou ausência de informações sobre as regras para os empréstimos consignados e de um diagnóstico acerca de riscos e oportunidades relacionados à criação dessa modalidade.

A CGU sugeriu o envio do relatório ao Tribunal Superior Eleitoral para averiguar possível uso eleitoral do programa. Outro ponto a ser investigado é o perfil das famílias que tiveram direito à contratação dos empréstimos.

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