Do Micro Ao Macro
Vendas no varejo devem ter leve queda até novembro, projeta instituto
Expectativa do IBEVAR-FIA aponta recuo de 0,10% nas vendas de setembro a novembro no varejo restrito, com desempenho estável em segmentos ampliados


O IBEVAR, Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo, estima uma redução de 0,10% nas vendas do varejo restrito no trimestre de setembro a novembro.
O varejo restrito inclui categorias de consumo básico e tende a ser mais sensível às oscilações do mercado.
Varejo ampliado deve permanecer estável
Para o varejo ampliado, que abrange setores como veículos e materiais de construção, a expectativa é de estabilidade.
A previsão de crescimento de 1,51% no segmento de veículos, 1,89% em móveis e eletrodomésticos, 1,71% em artigos de uso pessoal e 1,14% em artigos farmacêuticos compensa a estagnação esperada em materiais de construção.
Setores em queda
Alguns setores devem apresentar queda significativa no período.
As vendas de livros e revistas devem cair 4,34%, enquanto tecidos e vestuário podem ter retração de 0,7%.
Além disso, segmentos como combustíveis, alimentos e supermercados devem permanecer estagnados.
Fatores econômicos influenciam o cenário
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, as taxas de juros elevadas e a incerteza quanto à sua trajetória nos próximos meses são fatores que impactam as perspectivas para o varejo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.