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Venda de materiais de construção reage em maio e setor retoma expectativa de crescimento
Estudo mostra alta nas percepções de vendas após retração em abril e melhora na relação entre indústria e varejo
Após forte queda em abril, o setor varejista de materiais de construção registrou reação positiva em maio. De acordo com a nova edição do Termômetro JS+ Anamaco, a percepção de crescimento nas vendas subiu de 27% para 35%, avanço de 8 pontos percentuais.
O levantamento é produzido pela Juntos Somos Mais, plataforma de inteligência ligada à Votorantim Cimentos, Tigre e Gerdau, em parceria com a Anamaco. A pesquisa reúne dados de transações e entrevistas com lojistas de todas as regiões do país.
Regiões Norte e Nordeste lideram avanço
Entre as regiões, Norte (39%), Nordeste (43%) e Centro-Oeste (39%) concentraram os maiores índices de percepção de alta nas vendas em maio. O Sul teve a menor taxa, com 30%.
Na comparação com maio do ano anterior, o desempenho ainda é inferior em quase todas as regiões, com exceção do Nordeste, que manteve os 43%. No total, o Brasil registrou queda de 7 pontos percentuais no indicador anual.
Confiança melhora entre lojistas
Apesar do resultado inferior ao de 2024, o otimismo em relação ao futuro voltou a crescer. O estudo mostra que 73% dos lojistas esperam crescimento nos próximos três meses. Apenas 3% projetam queda.
No segmento de lojas especializadas em tintas e pintura, o índice de confiança é ainda maior: 77% esperam aumento nas vendas. Os dados indicam retomada de confiança após retrações consecutivas entre março e abril.
Vendas da indústria para o varejo também avançam
O Termômetro também analisou os dados de sell-in, ou seja, as vendas de fabricantes para lojistas. Após queda de 6,4% entre março e abril, houve alta de 13% nas vendas em maio.
Os preços do setor também subiram no mês, com reajuste médio de 0,5% em relação a abril. O movimento aponta melhora no fluxo de abastecimento entre indústria e pontos de venda.
Otimismo com o governo segue em queda
Por outro lado, a confiança do setor em relação às ações do governo para os próximos 12 meses segue em retração. Em janeiro, 58% dos entrevistados demonstravam otimismo. Em abril, esse índice caiu para 29%.
O pessimismo, por sua vez, aumentou no mesmo período, passando de 16% para 38%. Os dados sugerem um distanciamento entre as expectativas do setor e a percepção sobre medidas oficiais voltadas à construção civil.
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