Do Micro Ao Macro

Veja as tecnologias financeiras que estão redefinindo como os brasileiros lidam com dinheiro

Uso do cheque cai quase 96% enquanto soluções como Pix por aproximação, IA e Open Finance ganham espaço no Brasil

Veja as tecnologias financeiras que estão redefinindo como os brasileiros lidam com dinheiro
Veja as tecnologias financeiras que estão redefinindo como os brasileiros lidam com dinheiro
Pix representa principal fonte de faturamento para quase 50% dos MEI
Apoie Siga-nos no

A forma como os brasileiros lidam com o dinheiro mudou de forma significativa nos últimos anos, impulsionada pelo avanço de soluções digitais.

Segundo o Banco Central, mais de 120 milhões de pessoas utilizam o Pix no país. Ao mesmo tempo, o número de fintechs cresceu 57% em um ano.

A queda nas emissões de cheques, que recuaram 95,87% até 2024, mostra a velocidade dessa transformação.

Para Murilo Rabusky, diretor de Negócios da Lina Open X, “a tecnologia deixou de ser um diferencial para se tornar requisito básico de competitividade”.

A seguir, conheça cinco tecnologias que estão mudando o setor financeiro e influenciando o comportamento do consumidor.

Pix por aproximação amplia agilidade e segurança

Lançado em 2021, o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, segundo o Banco Central.

Agora, a versão por aproximação permite realizar transferências sem abrir o aplicativo do banco, usando biometria e aproximação via celular.

Essa tecnologia melhora a experiência de pagamento em contextos como transporte, eventos e varejo físico.

“O avanço só foi possível com o Open Finance, que permite conexões seguras entre mais de 100 instituições”, explica Rabusky.

Moeda digital brasileira testa nova fase do sistema bancário

O Drex, moeda digital do Banco Central, está em fase de testes com 16 instituições financeiras.

A proposta é permitir transações semelhantes às do Pix, com possibilidades adicionais, como a negociação de títulos públicos.

Essa inovação representa um novo passo na digitalização monetária e deve influenciar como pessoas e empresas movimentam recursos.

Biometria facial avança no setor bancário

Segundo a Febraban, sete em cada dez bancos brasileiros já utilizam biometria facial como ferramenta de segurança e autenticação.

Instituições como Bradesco e Nubank adotaram a tecnologia, tornando pagamentos e validações mais ágeis e seguras.

A tendência deve se intensificar com a busca por métodos que equilibrem conveniência e proteção de dados.

Inteligência artificial aumenta eficiência nas transações

A IA tem papel crescente no setor financeiro, com aplicações que vão de chatbots a análise de dados e biometria.

Um estudo da Juniper Research projeta que os investimentos em chatbots financeiros devem atingir US$ 72 bilhões até 2028.

“A inteligência artificial democratiza o acesso a serviços financeiros e impulsiona a inovação no setor”, afirma Rabusky.

Para ele, a tecnologia contribui para o crescimento de diversos segmentos da economia.

Open Finance permite serviços mais personalizados

O Open Finance permite o compartilhamento de dados financeiros entre instituições autorizadas, com consentimento do cliente.

A medida favorece a criação de produtos personalizados, incentiva a concorrência e aumenta a portabilidade entre bancos.

“Hoje, o Open Finance é uma infraestrutura central do sistema financeiro, não apenas uma inovação de nicho”, destaca Rabusky.

Segundo ele, o modelo ajuda a reduzir assimetrias de informação e melhora o acesso a melhores condições de crédito e investimento.

Perspectivas indicam avanço contínuo da digitalização

Para Murilo Rabusky, o setor financeiro brasileiro está em rota de transformação acelerada e com potencial de liderança global.

“O Brasil já é referência mundial em Open Finance e no Pix. O cliente e o mercado saem ganhando com isso”, afirma.

Ele destaca que o sucesso depende da capacidade das instituições em explorar as novas tecnologias de forma inteligente.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo