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Turnover alto? Pequenas mudanças podem gerar grande economia para empresas

Custos com demissões e substituições crescem, e especialistas apontam que personalizar benefícios e investir em bem-estar é a melhor forma de reter talentos

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A alta rotatividade de funcionários tem se tornado um dos maiores desafios para empresas de diferentes setores. O problema vai muito além da rescisão contratual: envolve gastos com recrutamento, seleção, treinamento e integração de novos profissionais, além de perda de produtividade e tempo até que o novo colaborador alcance o mesmo desempenho do anterior.

Substituir um trabalhador pode gerar despesas expressivas. No caso de um analista com salário anual de R$ 60 mil, entram na conta direitos trabalhistas, horas de RH e gestores em entrevistas — estimadas entre 20 e 40 horas — e treinamento, que pode somar 60 horas adicionais. Esses custos se multiplicam em empresas com alta rotatividade, impactando diretamente o fluxo de caixa e a eficiência operacional.

Benefícios personalizados reduzem pedidos de demissão

De acordo com pesquisas recentes, um dos fatores que mais influencia a decisão de permanecer no emprego é a qualidade dos benefícios corporativos. Profissionais valorizam pacotes que atendam suas necessidades reais — como cartões flexíveis, auxílio home office, planos de saúde mental e benefícios de mobilidade.

Um levantamento da Gallup mostra que 30% dos pedidos de demissão poderiam ser evitados com ajustes salariais e benefícios mais personalizados. Para Andre Purri, CEO da Alymente, a chave está em oferecer liberdade de escolha.

“A personalização dos auxílios atende ao princípio de que cada pessoa tem prioridades diferentes. Enquanto alguns valorizam saúde e alimentação, outros buscam educação, lazer ou bem-estar. Quando o profissional tem autonomia, sente-se ouvido e valorizado — o que reduz drasticamente a intenção de sair da empresa”, explica.

Ambientes saudáveis fortalecem a retenção

Além dos benefícios, fatores como programas de desenvolvimento profissional, reconhecimento, comunicação interna transparente e liderança empática são determinantes para manter o engajamento. Empresas que investem nesses pilares reduzem custos com desligamentos e fortalecem a cultura organizacional.

“A retenção deixou de ser apenas um tema de RH. É uma estratégia de negócio que afeta diretamente o resultado financeiro e a sustentabilidade da empresa”, reforça Purri.

Soluções flexíveis ampliam o engajamento

Empresas que desejam estruturar suas políticas de benefícios contam hoje com plataformas unificadas que concentram diversas categorias em um único cartão, aceito em milhões de estabelecimentos.

As soluções, por exemplo, podem incluir acesso a academias, terapias online, telemedicina e suporte nutricional, oferecendo flexibilidade e conveniência tanto para o colaborador quanto para o empregador.

Com o custo de substituição de um profissional em alta, investir em benefícios estratégicos e no desenvolvimento das equipes deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade financeira. Pequenas mudanças na forma de cuidar das pessoas podem resultar em grande economia e em maior retenção de talentos essenciais.

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