Do Micro Ao Macro

Tem pão, sim senhora!

Nada mais simbólico que poder ir à padaria sem ameaça para entendermos a importância do Estado Democrático de Direito

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Padaria aumenta faturamento em 20% com digitalização
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Uma semana de grandes avanços e vários fatos que marcaram a história da democracia brasileira não poderia deixar de gerar algumas reflexões sobre o pão nosso de cada dia.

Qual a relação do nosso pãozinho francês com os ataques golpistas? A nossa liberdade de ir e vir. Nada mais simbólico que ir à uma padaria numa manhã de sábado sem ser perturbado por qualquer infortúnio ou ameaça. Isso é o exercício do pleno Estado Democrático de Direito, que por pouco estaria apenas nas nossas memórias, como ainda estão os idos – por que não dizer recentes, pois estamos falando das décadas perdidas, que se inicia em 1968 – tempos da Ditadura Militar.

Ao assinar convênio do Sebrae com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação para impulsionar a gestão e o desenvolvimento dos pequenos negócios – uma das tantas outras que o Sebrae assina para promover o setor produtivo -, o sentimento do todo pela parte tomou conta no âmbito do meu papel como presidente do Sebrae, uma instituição que representa 95% das empresas brasileiras. As padarias do nosso Brasil é patrimônio brasileiro que materializa e tangencia a pequena empresa, o empreendedor, aquele que sabe se virar e que a única coisa que exige do Estado é: traga menos burocracia para mim, o resto eu cuido.

Ter a nossa democracia, o nosso Estado de Direito ameaçados, estamos diante de um verdadeiro acinte a conquistas que ninguém em sua plena consciência possa permitir ser tentada, quiçá planejada.

No caminho, indo à Joinville, em Santa Catarina, para assinatura deste acordo, pude refletir sobre esses fatos, que, se ocorressem, iriam ceifar a nossa liberdade de ir e vir, de viver a simplicidade e a paz dos bairros e cidades brasileiras na compra do pãozinho diário.

O objetivo do Estado e das instituições é manter esta fluidez, garantir o desenvolvimento, permitir que o país cresça, criar condições estruturantes que deem base para que o setor privado ganhe escala. Para isso que serve o governo: para planejar o desenvolvimento do país. Gastar tempo e energia que não sejam na construção de projetos e missões voltados para a sustentabilidade, geração de oportunidades e inclusão para os brasileiros traz o pior do governante: sua pequenez, incapacidade, seu nada.

Neste caminho de levar oportunidades para o universo de 98% das indústrias da panificação, que são pequenos negócios, simbolizei o valor fundamental na vida do povo brasileiro e como geradora de emprego e renda. Um setor que toca a vida da nossa gente. É a primeira coisa que todos nós fazemos de manhã: comer um pãozinho.

Entre os principais objetivos do convênio, estão: reduzir em 5% o consumo de energia; aumentar em 30% o nível de qualidade do pão francês; promover o ganho de 7% na produtividade das empresas participantes; e tornar 80% dos negócios atendidos aptos do ponto de vista documental.

Isso é pensar o Brasil como nação. Com o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckimin temos o nosso pão de cada dia, a nossa liberdade de ir e vir, a nossa padaria para chamar de nossa, os nossos sábados em paz, sem ameaças das nossas liberdades. Temos um governo que pensa e trabalha, planeja e cria uma estrutura de pleno Estado Democrático de Direito. Temos um governo que pensa o Brasil como projeto de Nação. Que em um ano e dez meses já retirou 24 milhões de pessoas do Mapa da Fome. Sim, temos pão, sim senhora!

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